Talvez
muitos não a conheçam, mas a Psoríse é uma das doenças de pele
que ataca cerca de 2% da população, de ambos os sexos, porém com
mais frequência em mulheres. É uma doença inflamatória da pele,
crônica, multigênica, caracterizada por manchas secas, elevadas,
avermelhadas e descamadas sobre a pele, que gerealmente aparecem no
couro cabeludo, cotovelos e joelhos, e se espalha pelo corpo.
A
doença surge principalmente antes dos 30 anos, e após os 50, e
embora seja uma doença visível e que causa certa estranhamento, não
é contagiosa e é benígna, ainda que haja bastante preconceito
quanto aos portadores da doença. Foi o que aconteceu com a
ex-modelo Victoria
Sanderson, na época com 17 anos, que sofreu uma reviravolta em sua
vida, já que a doença faz com que a pessoa sinta vergonha de se
relacionar socialmente e acaba por ser uma "doença
solitária". (Ver
matéria completa no G1)
De
acordo com o local onde se encontra, à sua associação ou seus
sintomas. Divide-se então nos demais tipos:
Psoríase
Vulgar: as manchas se apresentam de tamanhos variados,
delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas
ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e
cotovelos.
Psoríase
Ungueal: surgem depressões puntiformes ou manchas
amareladas principalmente nas unhas da mãos.
Psoríase
Gutata: pequenas lesões
localizadas, em forma de gotas, associadas a processos
infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas
(bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência
em crianças e adultos jovens.
Psoríase
Artropática: em cerca de 8%
dos casos, pode estar associada a comprometimento articular.
Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos
pés ou nas grandes articulações como a do joelho.
Psoríase
Palmo-plantar: as lesões aparecem como fissuras nas palmas
das mãos e solas dos pés.
Psoríase
Invertida: lesões mais úmidas, localizadas em áreas de
dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
Psoríase
Eritrodérmica: lesões generalizadas em 75% ou mais do
corpo.
Psoríase
Postulosa: aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos
(forma localizada) ou espalhadas pelo corpo.
As causas não estão
esclarecidas, mas sabe-se que há fatores genéticos, psicológicos,
estresse, sendo que a exposição ao frio, medicamentos e bebidas
alcóolicas agravam a doença. A Psoríase é mais frequente em
pessoas de pele branca, sendo rara em negros, índios e asiáticos.
Embora seja uma doença
incurável e desprovida de prevenção, há tratamento. De acordo com
o Dr. Dráuzio Varella:
"Casos
leves e moderados (cerca de 80%) podem ser controlados com o uso
de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol.
Para quem não tem tempo para exposições diárias ao sol, são
preconizados banhos de ultravioleta A e B em clínicas
especializadas e sob rigorosa orientação médica. Esses banhos
não são recomendados para crianças. Algumas pomadas à
base de alcatrão já provaram sua eficácia no controle da doença,
mas têm o inconveniente de sujarem a roupa de vestir e de cama e
de terem cheiro forte, parecido com o da creolina. Medicamentos
por via oral só são introduzidos nos casos mais graves de
psoríase refratária a outros tratamentos."
É preciso que o
portador da Psoríase mantenha certos cuidados, como hidratação
constante da pele e visita regular ao dermatologista!
O dia 29 de outubro (Dia Mundial da Psoríase) foi criado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia com a finalidade de lutar contra o preconceito aos portadores da doença.
A Psoríase NÃO É CONTAGIOSA ...
mas infelizmente o preconceito sim.
Perfeito!
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