Mais uma vez, os
alunos do estágio do curso de Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP, de
Jundiá, interior de São Paulo, vieram aqui para o blog! O pedido foi em dose
dupla, da Gabriela Fantini é aula do último ano e supervisor do estágio, a
biomédica Neu Rocha. E assim como o “outubro rosa”, a conscientização da
prevenção do câncer de próstata é muito importante! Os alunos fizeram fotos
sobre o tema, e claro, estão aqui no Biomedicina em Ação!
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Mayara: Me formei em
2011, no Centro Universitário Lusíada – UNILUS em Santos/SP.
2.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Como começou a paixão pela
Biomedicina e o que mais lhe chamou atenção no curso?
Mayara: Meu interesse na
biomedicina surgiu com a ideia de atuar em pesquisa, por isso, logo no primeiro
ano de faculdade iniciei minha iniciação científica na UNIFESP. Após dois anos de pesquisa na área de hepatologia
desisti de continuar, pois a IC estava me conduzindo para a área acadêmica, mas
não era isso que eu queria na época. Decidi que eu precisava adquirir experiência,
então comecei a procurar, e consegui um estágio em análises clínicas. Depois do estágio eu pude ter certeza que não queria
trabalhar em hospitais e que eu precisava sair da minha zona de conforto para
obter sucesso, diferencial e etc. Foi assim que surgiu a Micro de Alimentos.
3.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Quais características você
acredita serem essenciais para um bom biomédico?
Mayara: O biomédico deve
gostar do que faz, se adaptar a rotina, ser capaz de trabalhar com uma equipe
pequena ou sozinho. A profissão não é muito valorizada, principalmente
financeiramente, por isso, é essencial que o profissional busque diferenciação
e ame o que faz.
4.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Você é pós-graduada em
Microbiologia de Alimentos e Gestão da Segurança de Alimentos. Como e quando se
interessou pela área? Onde fez sua especialização?
Mayara: Eu comecei a me
interessar por essa área no último ano de faculdade, nas aulas de Bromatologia.
Mas como não é o foco do curso, precisei procurar uma formação complementar e
me especializar na área. Fiz minha especialização em São Paulo, na SBM –
Sociedade Brasileira de Microbiologia. No final das contas foi a melhor coisa que eu fiz,
me capacitei e hoje atuo em um segmento incomum e promissor para o biomédico.
5. BIOMEDICINA EM AÇÃO: A maioria dos biomédicos que se
formam, atuam em análises clínicas. O que você acha desse grande leque de
oportunidades além do laboratório clínico, e quais dificuldades você encontrou
para se inserir nesse mercado?
Mayara: Eu acho que
existem muitas possibilidades além da área de análises clínicas, mas é
essencial que o profissional escolha a área de atuação considerando vários
aspectos, como paixão, identificação, retorno financeiro e crescimento
profissional. Também é importante considerar a empresa, pois o desenvolvimento
e reconhecimento profissional dependem e variam muito de empresa para empresa. Não
encontrei muitas dificuldades para me inserir nesse mercado, acredito que
oportunidades surgem para quem acredita e corre atrás.
6. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Quais atribuições o biomédico
deve ter para seguir a área de Microbiologia de Alimentos?
Mayara: Para atuar nessa
área é necessário procurar um estágio durante a faculdade ou um curso de
especialização.
7. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Onde
o biomédico habilitado em Microbiologia e Alimentos pode atuar?
Mayara: Esse
profissional pode atuar em laboratório de análise, em empresas, fábricas e consultorias
na área.
8. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Como está o mercado para o
biomédico nesta área e com quais outros
profissionais de trabalha?
Mayara: O campo é
limitado, como em diversas outras áreas, por isso é essencial ter, além de um
bom currículo, experiência (estágios, trainees). Nessa área trabalhamos e
concorremos com biólogos, nutricionistas, farmacêuticos, técnicos em alimentos
ou nutrição, engenheiros de alimentos, entre outros.
9. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Dizem que a Biomedicina é a
profissão do futuro. O que você acha disso?
Mudaria alguma coisa para melhorar a nossa área?
Mayara: Acredito que
sim, mas a biomedicina precisa ser mais valorizada pelo mercado e melhor explorada
pelo próprio profissional. Se nos especializarmos, podemos atuar em diversas
frentes e dominar o mundo. Brincadeiras a parte, o Biomédico não é capacitado
somente em análises clínicas, ele precisa focar em habilitações que
possibilitem ser um diferencial, que sejam inovadora e tragam o retorno
esperado.
10. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Qual a sua dica para quem está
começando na Biomedicina?
Mayara: O Biomédico tem
uma ampla área de atuação (https://crbm1.gov.br/habilitacao). Minha dica é
buscar uma área diferenciada e investir nela.
PERGUNTA DO LEITOR Felipe Trisotto: O biomédico bromatologista pode
atuar no desenvolvimento e análises bromatológicas em nutrição animal?
Mayara: Pode, mas isso
pode variar entre as empresas.
Considerações
finais:
Gostaria de agradecer a
oportunidade de escrever no blog. Minha intenção é compartilhar conhecimento e
minha experiência na área de alimentos. Quero também me colocar à disposição
para esclarecer dúvidas e questionamentos.
Obrigada!
Mayara Reis
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Estão
abertas inscrições para o Concurso Público da Agência Paulista de Tecnologia
dos Agronegócios (APTA), APTA – SP l Edital 002/2017, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, para pesquisador científico nível I. Serão 33 vagas para
áreas como agronomia, zootecnia, medicina veterinária, e (estamos muito
felizes por isso) biomédicos.
As
inscrições poderão ser feitas até 7 de dezembro de 2017, das 10h às 16h (exceto
sábado, domingos e feriados) em Campinas e em São Paulo. A taxa de inscrição é
de R$ 87,73 e o salário é de R$ 4.173,85. O edital (CPRTI 02/2017) pode ser
acessado clicando aqui.
O
processo será composto por prova dissertativa em duas partes: uma sobre
conhecimentos básicos no campo da agricultura, zootecnia e alimentos; e outra
sobre conhecimentos específicos, de acordo com a área de especialização do
candidato. Além disso, haverá prova de arguição oral e avaliação de títulos.
Para
maiores informações, acesse o site: http://www.apta.sp.gov.br
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
A Gabriela Fantini é aula do último ano
do curso de Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP, de Jundiá, no interior
de São Paulo. Ela entrou em contato conosco para divulgar as fotos que a turma
fez sobre o outubro rosa, como forma de conscientização da prevenção do câncer
de mama. E é claro, como a conscientização deve ser todos os dias, não importa se é outubro ou não, eles vieram parar aqui no “Biomédicos em Ação”!
Bacana né?! Quer participar do blog?
Faça como a Gabriela, envie também a sua foto! Saiba mais clicando aqui.
domingo, 5 de novembro de 2017
As ferramentas da qualidade são essenciais para qualquer
empresa que tenha como objetivo o crescimento e competitividade no mercado.
Como consequência da implementação de um sistema da
qualidade e suas ferramentas, as empresas tendem a reduzir perdas, reanálises e
retrabalhos; potencializar e otimizar processos e procedimentos; identificar
falhas e oportunidades de melhoria; agilizar resultados; aumentar os lucros e
obter satisfação dos clientes.
A preocupação com a qualidade dos processos
de gestão laboratorial tem aumentado a cada dia. Foram desenvolvidos programas
de avaliação e certificação da qualidade que conferem ao laboratório um
certificado do nível de qualidade dos serviços prestados de acordo com a
avaliação recebida.
Juntamente com a evolução da gestão da
qualidade nesse segmento, as empresas viram a necessidade de adotar métodos e
ferramentas para dar suporte no gerenciamento da qualidade. As ferramentas
clássicas têm como objetivo auxiliar e apoiar na tomada de decisões para a
resolução de problemas ou para melhoraria dos processos e serviços prestados.
Em laboratórios, a produtividade traduz-se na
prática da qualidade nas etapas de recebimento e cadastro das amostras, preparo
da amostra, análise e liberação do resultado, de modo que seja atrativo do
ponto de vista econômico, de satisfação para o cliente, com a diminuição de
tempo de liberação dos resultados e reanálises, levando a um aumento da
competitividade.
A abordagem sistematizada de problemas é um ponto
importantes de um programa da qualidade. Diversas ferramentas foram
desenvolvidas com a finalidade de auxiliar o profissional a compreender os problemas
que ocorrem em seu dia a dia e a encontrar soluções adequadas para os mesmos. Permitem
antecipar falhas, de modo a planejar, atribuir ações corretivas e preventivas
ao longo do processo, diminuindo a variabilidade, promovendo também a
diminuição dos custos associados à reanálises, erros cometidos e atrasos,
promovendo um ciclo de melhoria contínua.
Ter informações exatas sobre o que está
ocorrendo modifica a forma de atacar os problemas, ao invés de buscar soluções
por tentativa e erro, pode-se analisar a questão de forma organizada e projetar
uma solução adequada.
A escolha de qual ferramenta utilizar depende
do problema a ser analisado, das circunstâncias que serão aplicadas, das
informações obtidas e do conhecimento do processo avaliado. As ferramentas
podem ser usadas isoladamente, mas, normalmente, são utilizadas em conjunto,
uma complementando a outra, potencializando assim os resultados obtidos. O uso
dessas ferramentas tem como objetivo a clareza no trabalho e principalmente a
tomada de decisão com base em fatos e dados, ao invés de opiniões, utilizando
técnicas específicas e gráficas que produzem melhores resultados do que os
processos não estruturados.
A sua aplicação em laboratórios visa melhorar processos
de forma geral, desde a fase pré-analítica, analítica até a pós-analítica. As
ferramentas, quando utilizadas em conjunto, atuam em diversas frentes, buscando
essencialmente diminuir as perdas relativas a reanálises, retrabalhos e
desperdícios de materiais, insumos e reagentes; otimizar processos, agilizando
tempo de coleta e segregação das amostras, bem como análise e processamento dos
dados e resultados obtidos, garantindo rapidez na emissão dos laudos, com
confiabilidade e competitividade frente as empresas concorrentes.
Fluxograma, Brainstorming, 5s, Kaizen, Gráfico de
controle, Diagrama de causa e efeito, 5W2H, Ciclo PDCA, Diagrama de pareto e Folha
de Verificação são alguns exemplos de ferramentas da qualidade que podem ser
aplicadas em laboratórios.
REFERÊNCIAS
DA GRAÇA BECKER, Maria; SELOW, Marcela Lima Cardoso;
TONIOLO, Rucieli Maria Moreira. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS
CLÍNICOS. Revista Dom Acadêmico, v. 1, n. 1, 2017.
LUCIETTO, Deoclides et al. Ferramentas da Qualidade. Simpósio Científico de Graduação e
Pós-Graduação, 2011.
MARTELLI, Anderson. Gestão da qualidade em laboratórios de
análises clínicas. Journal of Health Sciences, 2015.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
No
dia 03 de setembro, aconteceu em São Paulo, mais um curso do Núcleo de
Aprimoramento Científico (NAC), novo parceiro do Biomedicina em Ação. E para
comemorar a parceria, fizemos um sorteio do curso de Citogenética Humana,
ministrado pela Bióloga Esp. Leniza Pola, Citogeneticista e Analista Pleno.
Foram duas as sorteadas, e uma delas, a Luana, contou para nós o que achou do
curso e do sorteio:
“Fui
sorteada para ir ao curso de Citogenética do NAC no dia 03/09, a minha
experiência foi maravilhosa. O curso é fantástico realmente você aprende e sai
de lá satisfeito com o conhecimento adquirido e apesar de estar cursando o
4°semestre e não ter tido a matéria de genética a palestrante tornou o assunto
de fácil entendimento. Adorei, muito obrigada Biomedicina em Ação!” Luana
Barrionuevo
E
olhem só que bacana o registro que a biomédica Nathália Tubys fez do curso!
Ainda
não conhece os cursos do NAC? Fique ligado no site e nas redes sociais para os
próximos cursos e faça parte do grupo de profissionais que se destacam!
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Aconteceu
no dia último dia 26 (sábado), o curso de Métodos de Identificação e
Resistência Bacteriana, promovido pelo Núcleo de Aprimoramento Científico
(NAC), na cidade de São Paulo, ministrado pela Profa. Dra. Lucianne Leigue dos
Santos. O Biomedicina
em Ação esteve presente, para apresentar a nova parceria com o NAC, que
certamente, trará aos leitores do blog muitas novidades!
Os
cursos do NAC possuem certificados registrados, e estão divididos em módulos,
que podem ser realizados de forma presencial ou à distância, em uma plataforma
pensada para atender da melhor forma possível aos seus alunos.
O
curso de Métodos de Identificação e Resistência Bacterina contou com
profissionais e estudantes de vários estados do país, como Minas Gerais, Rio de
Janeiro, e do interior paulista, como a Adriana, que é biomédica e faz
aprimoramento no HC da Faculdade de Medicina da USP, de Ribeirão Preto.
“Eu gostei muito do curso, foi bem
proveitoso, e atendeu minhas expectativas! ”
Quem
esteve presente também foi o Lucas, biomédico e aprimorando do Instituto Adolfo
Lutz de São Paulo.
“Já trabalhei em laboratório de Análises
Clínicas, com microbiologia. O curso de hoje foi para minha atualização e para
entender um pouco mais sobre esse universo da resistência bacteriana”
Aproveitamos
para conhecer mais sobre a empresa, e para isso, conversamos também com a
Daniele Lima e a Dra Élida Neri, que juntamente com o Me. Thiago Turaça
auxiliam no desenvolvimento de alguns cursos do NAC. A Daniele é quem está à
frente da empresa para o atendimento ao público:
“Tivemos início há 2 anos, estamos
atuando em cursos presenciais e online. Mas o nosso foco maior será nos cursos
online, e continuarão presenciais os que tiverem maior procura. Com isso,
queremos poder atender o Brasil todo. Hoje a equipe é composta por biomédicos,
nutricionistas, fisioterapeutas, o pessoal do marketing, publicidade, TI...
temos um pouco de cada área para atender melhor aos alunos”, ressaltou Daniele.
A
fisioterapeuta Dra Élida, completou:
“Agora nós queremos expandir também com
cursos mais avançados voltados aos profissionais da saúde, como biomédicos, enfermeiros
fisioterapeutas, nutricionistas, principalmente aqueles mais qualificados com
mestrado e doutorado. Serão cursos mais avançados, com aplicação na prática
profissional.”
BÔNUS – RESULTADO DO SORTEIO DO CURSO DE
CITOGENÉTICA HUMANA!
Agradecemos
a todos os participantes, e principalmente ao Núcleo de Aprimoramento
Científico por conceder duas vagas aos leitores do Biomedicina em Ação. As
duas sorteadas realizaram todos os passos do regulamento e foram as
vencedoras! Parabéns Luana e Hellen!!!!!
Ficou interessado em conhecer mais cursos do NAC? É só
acessar: www.nacientifico.com.br. E não se esqueça de ficar de olho em
todas as redes sociais do Biomedicina em Ação e do NAC para saber das
novidades.
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença clonal
maligna caracterizada por uma excessiva proliferação da linhagem mieloide, seguida
por uma perda progressiva da diferenciação celular e culminando em um quadro de
leucemia aguda, conhecida como fase blástica.
Ela está associada a uma anormalidade citogenética
específica, o Cromossoma Philadelphia (Ph), uma alteração cromossômica que
resulta de uma translocação recíproca entre os braços longos dos cromossomas 9
e 22, isto é, a t(9;22) e leva à formação de um novo gene leucemia-específico,
o BCR-ABL, detectável por PCR.
A primeira detecção de alteração cromossômica em doença
neoplásica deu-se em 1960, justamente com a descrição do Ph observado no sangue
periférico de pacientes portadores de LMC (Nowell & Hungerford, 1960).
DIAGNÓSTICO DA LMC
Além da contagem sanguínea (leucocitose e frequentemente
também trombocitose) e no diferencial (granulócitos imaturos, de metamielócitos
a mieloblastos, e basofilia), o diagnóstico requer a análise citogenética e a
pesquisa do mRNA do gene BCR-ABL no sangue periférico ou na medula óssea.
A maior parte dos diagnósticos é feita na fase crônica, e o
curso clínico típico tem três fases: fase crônica, fase acelerada e fase blástica.
Para definição de fase acelerada é necessária a presença de 1% a 19% blastos no
sangue ou na medula óssea, número de basófilos > 20%, trombocitose ou
trombocitopenia não relacionada à terapia, e evolução clonal na avaliação
citogenética. A fase blástica caracteriza-se por > 20% de blastos ou
infiltração blástica extramedular.
TRATAMENTO
Atualmente, a LMC não é uma doença curável com a terapia
medicamentosa, sendo o transplante de medula óssea (TMO) alogenéico (aparentado
ou não aparentado) a única modalidade curativa de tratamento, por induzir
remissão molecular com a eliminação dos transcritos BCR-ABL.
O diagnóstico da LMC é uma das aplicações da citogenética, uma área da genética que
estuda a estrutura, composição, número e papel dos cromossomos em estado normal
e patológico. A análise cromossômica, o cariótipo, com uma resolução e precisão
muitíssimo melhoradas, é um procedimento diagnóstico cada vez mais importante
em várias áreas da medicina. É indicada como um procedimento diagnóstico de
rotina para uma série de situações clínicas, como problemas precoces de
crescimento e desenvolvimento, perdas reprodutivas, problemas de infertilidade,
histórico familiar e gestação em idade avançada.
Os distúrbios cromossômicos formam uma importante categoria
de doenças genéticas. Eles contribuem para uma grande proporção de todas as
perdas reprodutivas, malformações congênitas e retardo mental, tendo um
importante papel na patogenia da malignidade. As anomalias cromossômicas
específicas são responsáveis por mais de 100 síndromes identificáveis. De
acordo com a literatura, os distúrbios citogenéticos estão presentes em quase
1% de todos os nativivos, em cerca de 2% de todas as gestações em mulheres com
mais de 35 anos que se submetem a um diagnóstico pré-natal, e em praticamente a
metade de todos os abortos espontâneos do primeiro trimestre.
Quase
todas as neoplasias estão associadas a uma ou mais alterações cromossômicas e a
avaliação dos cromossomos pode auxiliar no diagnóstico, tratamento e
prognóstico
QUER SABER MAIS SOBRE O CITOGENÉTICA?
O Núcleo de Aprimoramento Científico (NAC) vai promover um
curso presencial teórico de Citogenética Humana, no dia 03 de setembro de 2017,
em São Paulo.
O curso tem como objetivo abordar os conceitos básicos do
DNA, composição do cariótipo, aplicabilidade dos exames, tipos de alterações,síndromes, protocolos, cariograma, nomenclatura citogenética, Proficiência em
Citogenética pelo College of American
Patologists (CAP) entre outros, a fim de trazer os conhecimentos da prática
do profissional e a aplicação das técnicas no dia a dia do citogeneticista.
Carga horária: 7 horas.
Data e horário: 03/09/2017 das 9hs às 16hs,
Investimento:
·
R$
147,00 (3 x R$ 49,00 - sem juros no cartão - Paypal)
· R$ 119,00 no boleto bancário (vencimento 2 dias)
Local do curso: La Residence Paulista - Alameda Jaú,
1606 - Jardim Paulista, São Paulo - SP, 01420-002.
E nós
temos uma excelente notícia para os leitores do Biomedicina em Ação! Em
parceria com a NAC, sortearemos 2 vagas para o curso de Citogenética! Acompanhe
o Biomedicina em Ação no facebook e saiba como participar!
O sorteio
acontecerá às 21:30 hs do dia 29/08/2017.
Mais informações
sobre o curso, valores, e contato, acesse: www.nacientifico.com.br
Este é um
publieditorial. Todas as informações sobre o curso são de responsabilidade
dos seus idealizadores.
Fontes:
Chronic
myeloid leukemia. Revista Brasileira de Cancerologia, 2003, 49(1): 5-8.
De
Souza CA, Pagnano KBB, Bendit I, Conchon M, Freitas CMBM, Coelho AM, Funke VAM,
Bernardo WM. Leucemia Mieloide Crônica. Associação Médica Brasileira e Conselho
Federal de Medicina. 2012.
segunda-feira, 24 de julho de 2017
Quantas
vezes alguém já perguntou a você o que faz um biomédico ou se biomédico é quase
médico? Que tal se a biomedicina fosse tão difundida quanto outras profissões?
É
para o reconhecimento da nossa profissão é que lutamos diariamente! E para ‘dar
um up’ na divulgação da biomedicina, o Prof Marcelo Oliveira, do Canal do Biomédico, junto a outros colegas, criou uma WebSérie para tirar todas as
dúvidas e para bater um papo sobre ás áreas em que podemos atuar, sobre o
cenário da biomedicina em concursos públicos, sobre pesquisa, residência
biomédica, e muitos outros assuntos! Isso tudo reunindo grandes nomes da
biomedicina que trabalham difundindo conhecimento na internet.
Além
do Prof. Marcelo, participarão da WebSérie o Fredson Serejo (Prepara Biomédico), o Brunno Câmara (Biomedicina
Padrão), Carlos Danilo Cardoso e Marcus Cardoso (Gêmeos da Biomedicina) e
Rodrigo Colares (Movimento Biomédicos Unidos do Amazonas).
E
é com grande honra que o Biomedicina em Ação estará na live final, falando e
divulgando o que a gente mais gosta, não é?
Acesse o Canal do Biomédico e confira os vídeos que serão
lançados ao longo das semanas. Curta, compartilhe, mande para os amigos, para a
família! Vamos todos juntos em prol da divulgação da Biomedicina!
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Acontecerá entre 07 e 11 de agosto, a XVII Semana
de Biomedicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trata-se de um evento
idealizado e realizado a partir da livre articulação de alunos do curso de
Ciências Biológicas: Modalidade Médica da UFRJ. O evento tem por objetivo
a integração entre os estudantes de graduação das ciências biomédicas e demais
entusiastas da área a fim de proporcionar um intercâmbio cultural e científico,
promovendo a criação de uma rede que permita a interação entre estudantes e
profissionais renomados das variadas áreas que compõem o campo de atuação de um
biomédico no mercado de trabalho.
As
inscrições vão até 19 de julho! Corre que dá tempo!
Palestras
O ciclo de palestras terá início no dia 8 de agosto
de 2017 e se estenderá até o dia 11 de agosto de 2017.
Minicursos
Compreenderão atividades que abrangem as mais
diversas áreas de atuação do biomédico no mercado de trabalho e oferecerão
atividades lúdicas aos participantes.
Apresentação de pôster
A comissão organizadora proporcionará um momento
para apresentação de trabalhos científicos produzidos por alunos inscritos na
XVII Semana de Biomedicina.
Profissão Biomédico
Permitirá o contato com profissionais biomédicos de
diferentes áreas, ajudando a esclarecer dúvidas sobre diferentes áreas de
atuação dentro da carreira.
Mesa redonda
Momento de debate com pesquisadores sobre um tema
de relevância dentro do cenário biomédico.
Para mais informações, acesse:
terça-feira, 20 de junho de 2017
Pode
parecer demasia para assustar a população, mas é a realidade. Por motivos
irrisórios, uma doença sexualmente transmissível que pode ser evitada com uso
de preservativo, dá sinais quando aparece, e pode ser tratada, ainda assombra o
cenário nacional, tornando-se uma epidemia. Esse foi o tema de uma matéria da
Revista Superinteressante, publicada agora no dia 13 de junho. O assunto é sério, e por isso, hoje aqui no
Biomedicina em Ação, vamos falar sobre Sífilis.
O que é?
É
uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema
pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes
estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios
primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é
maior.
![]() |
Treponema pallidum em microscopia de varredura. |
Como é
transmitida e como prevenir?
A
sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa
infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto.
O
uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida
importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o
pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
O que é
a sífilis congênita?
É
uma doença transmitida ao feto durante a gestação, através da passagem do
treponema pela placenta. A doença é mais grave quanto mais recente for a
infecção materna. São complicações dessa forma da doença: aborto espontâneo,
parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou
morte ao nascer.
“Segundo estudo realizado
em 2004, estima-se que a taxa de prevalência de mulheres portadoras de sífilis
no momento do parto seja de 1,6%. Isso corresponde a aproximadamente 49 mil
parturientes infectadas e 12 mil nascidos vivos com sífilis, considerando-se
uma taxa de transmissão de 25%, de acordo com estimativa da OMS (www.aids.gov.br).” (Fonte: Telelab)
Mesmo
quando não se manifesta com essas características, a infecção congênita pode
permanecer latente, vindo a se expressar durante a infância ou mesmo na vida
adulta. A definição da sífilis congênita deve ser feita pelo médico, o qual
deve levar em consideração a comparação dos resultados dos testes não
treponêmicos da mãe e da criança, os resultados dos exames de imagem e dos
sinais clínicos presentes na criança.
Por
isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e,
quando o resultado for positivo, tratar corretamente a mulher e sua parceria
sexual, para evitar a transmissão vertical.
Quais os
sinais e sintomas da doença?
Esse
é o problema. Após a infecção, aproximadamente de 10 a 90 dias depois do
contágio, aparece uma ferida, geralmente única, no local da entrada da bactéria
(pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). Essa
ferida chamada cancro duro ou protossifiloma, tem a base endurecida, contém
secreção serosa e muitos treponemas, não dói, não coça, e por isso, o indivíduo
dificilmente vai procurar tratamento. Esta é a primeira fase da sífilis. As lesões sifilíticas facilitam a entrada
do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Além disso, a sífilis acelera a
evolução para Aids e a infecção pelo HIV altera a história natural de sífilis
“Começa com um machucado. Indolor,
costuma não ser bonito, mas também não é o fim do mundo. Quando aparece na área
genital, fica evidente nos homens, mas pode acabar escondido dentro da vagina
sem chamar qualquer atenção. Há ainda outros casos discretos, como na garganta
ou no ânus. Aí, quando você está começando a se preocupar, Bam! Desaparece.
Parabéns! Seu sistema imunológico é mesmo incrível, né? Na verdade, não. Você
só passou para a próxima etapa de uma doença que, a curto ou longo prazo, pode
atacar seu cérebro, mudar a estrutura dos seus ossos, deformar seu rosto e
matar seus filhos. Você tem sífilis. ” (Fonte: Superinteressante)
A
cicatrização da ferida é espontânea. Depois de 6 semanas a 6 meses dessa
cicatrização, se não houver tratamento, aparecem manchas e erupções (exantema)
no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, caracterizando
a fase secundária. Essas manchas
também não coçam, e podem ser confundidas com algum processo alérgico,
sobretudo porque podem surgir ínguas. Nesta fase, o treponema já invadiu todos
os órgãos e líquidos do corpo.
“O exantema se apresenta na
forma de máculas, pápulas ou grandes placas eritematosas branco-acinzentadas
denominadas condiloma lata, que podem aparecer em regiões úmidas do corpo. ” (Fonte: Telelab)
Depois,
vem a sífilis latente, que é dividida em recente (menos de um ano de infecção)
e tardia (mais de um ano de infecção). A duração é variável (pode durar até 40
anos!), e nessa fase, não é contagiosa, podendo ser interrompida pelo
surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
A
fase terciária então pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. É
chamada fase da moléstia, pois costuma apresentar sinais e sintomas,
principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas,
podendo levar à morte.
“As úlceras que começam a
brotar pelo corpo são tão agressivas que, em regiões de contato direto da pele
com ossos, como no crânio, o esqueleto começa a ser corroído. Na tíbia,
principal osso da canela, o corpo até tenta combater a degeneração: conforme a
erosão óssea aparece, o estrago vai sendo calcificado. A região afetada começa
a engrossar e, com o avanço do desgaste, a canela vai ficando curvada. Em
alguns casos, a bacia também é afetada e o doente perde a capacidade de andar
em linha reta. Uma das maneiras mais antigas de identificar portadores de
sífilis, inclusive, é ver se a pessoa caminha como um pato, rebolando por causa
da bacia deteriorada. Implacável, a infecção ainda ataca os sistemas vascular e
nervoso – o que pode acontecer precocemente entre a primeira e a segunda fase.
Quando a bactéria finalmente ocupa o cérebro, o infectado começa a sentir
alterações de humor e pode desenvolver demência. É a chamada neurosífilis.
Nesta última fase, finalmente, transar não ameaça mais aos outros. A sífilis
deixa de ser infecciosa e quer acabar somente com o portador. ” (Fonte: Superinteressante)
Como a sífilis
é diagnosticada no laboratório?
Para
o diagnóstico da sífilis podem-se utilizar os testes treponêmicos e os não
treponêmicos. Os testes treponêmicos são qualitativos, ou seja, detectam a
presença ou ausência de anticorpos contra antígenos do Treponema pallidum na amostra. Os testes não treponêmicos detectam anticorpos
não treponêmicos, anteriormente denominados anticardiolipínicos, reagínicos ou
lipoídicos. Esses anticorpos não são específicos para Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis. Os testes não
treponêmicos podem ser: qualitativos – rotineiramente utilizados como testes de
triagem para determinar se uma amostra é reagente ou não; ou quantitativos –
são utilizados para determinar o título dos anticorpos presentes nas amostras
que tiveram resultado reagente no teste qualitativo e para o monitoramento da
resposta ao tratamento. O título é indicado pela última diluição da amostra que
ainda apresenta reatividade ou floculação visível.
De
acordo com as fases da doença, podemos observar o seguinte:
·
Sífilis
primária:
Na
sífilis primária, o diagnóstico laboratorial pode ser feito pela pesquisa
direta do Treponema pallidum por
microscopia de campo escuro, pela coloração de Fontana-Tribondeau, que utiliza
sais de prata, e pela imunofluorescência direta. Os anticorpos começam a surgir
na corrente sanguínea cerca de 7 a 10 dias após o surgimento do cancro duro.
Por isso, nesta fase os testes sorológicos são não reagentes. O primeiro teste
a se tornar reagente em torno de 10 dias da evolução do cancro duro é o
FTA-abs, seguido dos outros testes treponêmicos e não treponêmicos. Quanto mais
precocemente a sífilis primária for tratada, maior será a possibilidade de os
exames sorológicos tornarem não reagentes. Porém, mesmo após a cura os testes
treponêmicos podem permanecer reagentes por toda a vida.
·
Sífilis
secundária:
Na
sífilis secundária, todos os testes que detectam anticorpos são reagentes e os
testes quantitativos tendem a apresentar títulos altos. Após o tratamento nesta
fase, os testes treponêmicos permanecem reagentes por toda a vida do usuário,
ao passo que os testes não treponêmicos podem ter comportamento variável. Em
alguns indivíduos ficam não reagentes, e em outros permanecem indefinidamente
reagentes em baixos títulos.
·
Sífilis
latente:
Nesta
fase, todos os testes que detectam anticorpos permanecem reagentes, e observa-se
uma diminuição dos títulos nos
testes quantitativos. Para diferenciar esta fase da infecção primária, deve-se
pesquisar no líquor a presença de anticorpos, utilizando-se o VDRL.
Evidencia-se sífilis latente quando o VDRL é reagente no líquor, acompanhado de
baixos títulos no soro.
·
Sífilis
terciária:
Nesta
fase, os testes que detectam anticorpos habitualmente são reagentes e os
títulos dos testes não treponêmicos tendem a ser baixos. Porém, podem ocorrer
resultados não reagentes. Em usuários que apresentam sintomas neurais, o exame
do líquor (LCR) é indicado, porém nenhum teste isoladamente é seguro para o
diagnóstico da neurossífilis. Recomenda-se que o diagnóstico seja feito pela
combinação entre a reatividade do teste e o aumento de células e de proteínas
no LCR. Para testagem do LCR, o VDRL – que tem alta especificidade – é o exame
recomendado, apesar de apresentar baixa sensibilidade (de 30% a 47% de resultados
falso-negativos).
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Relação entre testes para diagnóstico de sífilis, as fases da doença, o curso clínico da infecção e o tempo. Fonte: Ministério da Saúde. |
E o
tratamento?
O
tratamento é simples, feito com antibióticos, especialmente penicilina
cristalina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para
avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.
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Imagem ilustrativa de Bezetacil, para tratamento de sífilis. |
Por que
a sífilis se tornou uma epidemia?
Um
dos pontos de maior destaque na matéria da Revista Superinteressante está
relacionado aos motivos que levaram à epidemia de sífilis. O Ministério da
Saúde decretou epidemia em outubro de 2016, já que desde 2010, foram
notificados quase 228 mil novos casos; só entre 2014 e 2015 houve um aumento de
32% nos casos de sífilis entre adultos – e mais de 20% em mulheres grávidas. A
maior parte dos casos está na região Sudeste (56%), a mais urbanizada e desenvolvida
do País. Em 2015, tivemos 6,5 casos de bebês infectados a cada mil nascidos
vivos; sendo esse valor 13 vezes maior do que a Organização Mundial da Saúde
considera aceitável.
E
como dizemos anteriormente, o tratamento é muito simples se comparado a outras
ISTs. Além disso, é muito barato! Talvez esse seja o problema. Além da queda no
uso de preservativos para evitar a sífilis e outras infecções, o acesso à
penicilina passou a ser aliado para que tudo isso culminasse para o estado
alarmante que vivemos hoje. Chega a ser piegas o fato de um dos problemas ser o
acesso ao antibiótico mais antigo que existe.
Resumidamente,
o que acontece é que, por ser barata, a indústria farmacêutica não se interessa
em fabricar: falta penicilina nas prateleiras. Além disso, existe o risco de
choque anafilático: ninguém quer aplicar sem estrutura adequada. Os parceiros
de mulheres grávidas com sífilis não tomam medicamentos e, portanto, continua o
ciclo.
E
por fim, esta epidemia acontece há mais tempo do que possamos imaginar. Isso
porque só em 2010 o diagnóstico de sífilis foi atrelado à notificação
compulsória, o que ajudou nas estatísticas, aumentando o número de casos
positivos.
É
necessário que todo um trabalho seja realizado: a população esteja cada vez
mais ciente do uso de preservativos, da procura por diagnóstico e tratamento, e
que os órgãos competentes possam ser capazes de prestar um tratamento que não
custa nem um pouco caro para os cofres públicos.
Para
se aprofundar mais nos tipos de testes para diagnóstico da sífilis, indicamos
um curso online e gratuito, o Telelab. Já falamos sobre essa plataforma do
Ministério da Saúde, e lá você pode encontrar um curso completo sobre sífilis.
Acesse clicando aqui!
Referências
bibliográficas:
Germano,
F. A nova cara da Sífilis. Jun 2017. Disponível em: < http://super.abril.com.br/saude/a-nova-cara-da-sifilis/>.
Diagnóstico
de Sífilis. Telelab. Disponível em: < http://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/106-baixar-diagnostico-sifilis>.
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