segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Cecília de Carvalho Castro e Silva e Lauro Tatsuo
Kubota, líderes do estudo realizado no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas, desenvolveram tal dispositivo contendo 64 sensores
integrados, que podem detectar a proteína HER2 (Human Epidermal Growth Factor
Receptor 2), em uma única gota de sangue. A presença da HER2 é um fator que
indica o surgimento de um tumor na fase de pré-desenvolvimento, antes mesmo do
aparecimento do nódulo mamário.
O câncer de mama deve atingir 57.960 mulheres em
todo o Brasil, somente este ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Sendo assim, a busca por novos métodos de detecção precoce se faz extremamente
necessária.
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Cecilia Silva |
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Lauro Kubota |
“Os métodos tradicionais utilizam o exame do toque
da mama e a mamografia. No exame do toque a mulher só consegue identificar o
câncer quando o nódulo já está com um centímetro ou mais. Na mamografia é
possível detectar nódulos de até quatro milímetros. Nestes casos o câncer já
está instalado e, muitas vezes, pode ser tarde”, diz Cecilia. E acrescenta: “Muitos
estudos mostram que, seis meses antes da paciente começar a desenvolver o
tumor, os níveis do HER2 no soro sanguíneo aumentam, passando do que seria um
nível normal de 12 nanogramas por mililitros, até chegar ao estágio de 15
nanogramas por mililitros ou mais”.
O dispositivo é do tamanho de uma moeda de cinquenta
centavos, e funciona como um transistor de efeito de campo (que funciona como
amplificador) à base de grafeno (material bidimensional formado por uma única
camada de átomos de carbono) modificado com nanopartículas de ouro. A
condutividade elétrica do dispositivo pode ser modulada pela interação com
espécies químicas e biológicas. No caso, o tipo de grafeno, o ouro e a
imobilização orientada de anticorpos sobre o grafeno possibilitaram uma
ultrassensibilidade. “Os anticorpos reconhecem especificamente esta proteína
HER2. Portanto, quando estes anticorpos interagem com essa proteína, há mudanças
nos valores de condutividade”.
Há ainda a possibilidade de fabricação de substratos
plásticos, o que deixaria o dispositivo mais barato e o tornaria descartável.
Informações do site Correio Popular
Fotos: Antonio Scarpinetti/Divulgação
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
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Foto: G1.com |
Uma
pesquisa em andamento na Unesp de Botucatu pretende combater a replicação do
Zika Vírus e do vírus da dengue. Para isso, os pesquisadores da Universidade
isolaram 28 bactérias do intestino do mosquito Aedes Aegypti.
O
objetivo do estudo é procurar, dentre estas bactérias, alguma que confira ao
mosquito resistência aos vírus, e liberá-las na natureza. Entretanto, o coordenador
da pesquisa afirma que estudos posteriores deverão ser realizados para que
essas bactérias sejam liberadas com segurança.
A reportagem completa você confere clicando aqui!
Resumo do artigo do pesquisador responsável Jayme Augusto
de Souza-Neto
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parceria com a loja online Canecas Express, lançamos mais uma caneca da linha
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o plantão!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
O
farmacêutico Fernando Mafra continua com seus noticiários científicos, e este
está bastante interessante. Ele trata de um artigo sobre a violeta, aquela
florzinha que quase todo mundo tem em casa, e um outro sobre a translocação de proteínas
em células tumorais. Vale a pena assistir!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Na
última sexta-feira (19), o Ministério da Saúde juntamente com a Universidade
Aberta do SUS (UMA-SUS), lançaram um curso destinado aos profissionais da saúde,
abordando temas relacionados à suspeita, notificação, investigação, diagnóstico
e conduta dos casos.
O
curso denominado “Zika: abordagem clínica na atenção básica” tem 45 horas de
duração, e é dividido em quatro unidades abordando a epidemiologia, prevenção,
quadro clínico e abordagem de pacientes infectados, inclusive (e
principalmente) as gestantes.
As matrículas
já estão abertas e vão até 15 de fevereiro 2017! Para se increver e obter
maiores informações, acesse http://unasus.gov.br/cursos/zika.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
O carnaval já passou, mas ainda vale
falar de assuntos bastantes emergentes principalmente nessa época do ano. As doenças
transmitidas pelo beijo estão entre estes assuntos (o mais novo caso em discussão
é a transmissão do Zika Vírus), e uma destas doenças é a mononucleose
infecciosa, também conhecida como “angina monocítica” ou a popular “doença do
beijo”.
A mononucleose é uma doença infecciosa transmitida
pela saliva na maior parte dos casos, e raramente por transfusão sanguínea ou
contato sexual. Seu agente etiológico é o Epstein-Barr
Vírus (EBV), um vírus da família Herpesviridae.
Trata-se de um dos vírus mais comuns entre humanos, estabelecendo infecção
persistente em mais de 90% da população mundial adulta. Entretanto, segundo a
Sociedade Brasileira de Infectologia, no Brasil, há maior prevalência em
crianças do que em adultos, mas a suscetibilidade é geral.
Em algum momento de nossas vidas,
seremos infectados pelo EBV, que é transmitido pela saliva, infectando
primeiramente as células epiteliais da orofaringe, nasofaringe e glândulas
salivares. Nessas células ocorre replicação, e os vírus então podem alcançar
tecidos linfoides adjacentes e infectam linfócitos B.
Além da mononucleose infecciosa, o EBV
está associado a outras desordens proliferativas de origem linfoide, tanto
benignas, quanto malignas, tais como linfoma de Burkitt e doença de Hodgkin. Devido
à esta forte associação com neoplasias, a identificação da mononucleose se faz
bastante necessária.
Sintomas
Febre e comprometimento da orofaringe
sob forma de faringo-amigdalite exudativa, com formação de placas brancas e
exsudato, linfadenopatia (glândulas linfáticas inchadas, especialmente no
pescoço). A fadiga está geralmente presente e pode permanecer durante vários
meses.
Diagnóstico e achados laboratoriais
A mononucleose é inicialmente
diagnosticada através da sintomatologia, mas o diagnóstico laboratorial é imprescindível
para a conclusão. A maior característica laboratorial da mononucleose é a
leucocitose com elevada linfocitose atípica. Para a confirmação da doença, pode
ser realizada sorologia buscando detectar anticorpos heterófilos, bem como testes
específicos de EBV relacionados com a resposta dos anticorpos aos vários antígenos
durante o ciclo de vida do vírus. Confirma-se também pela demonstração do
vírus, antígenos virais ou DNA viral através de hibridização com sondas de
ácido nucléico e PCR.
Além disso, há aumento das enzimas
hepáticas transaminases (TGO e TGP), pelas alterações provocadas no fígado e
baço.
Para finalizar, um vídeo muito bacana do Canal Biomedicina Básica. Vale a pena conferir!
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