Hoje
(30), foi pulicado na revista científica Plos One, uma pesquisa do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC), sobre a susceptibilidade de portadores do vírus HIV em relação ao
vírus da gripe A, o H1N1. O pesquisador Thiago Moreno explica que pacientes
infectados pelo HIV são menos suscetíveis ao H1N1, o que é uma surpresa, já que
esses pacientes apresentam-se em condição de imunocomprometimento, assim como
portadores de cânceres ou transplantados. Ao contrários destes, os pacientes
com HIV “não tiveram uma maior gravidade quando infectados pelo H1N1”, durante
a pandemia de 2009.
Isso
pode ser explicado pelo fato de que o vírus HIV inibe a replicação do vírus
H1N1, expressando fatores de restrição, em especial uma proteína chamada
IFITM3. “É como se o HIV se protegesse para que aquele organismo não fosse
infectado por outro vírus, que iria competir com ele pela mesma célula”. As
células demonstradas no estudo em que ocorre tal fenômeno são as células
epiteliais do trato respiratório e os macrófagos, sendo as primeiras o
principal local de replicação do H1N1.
"O
HIV não infecta essas células. Mas partículas de HIV podem entrar em contato
com a superfície dessas células. Isso basta para induzir essa resposta de
aumento de IFITM3, que bloqueia a entrada de Influenza na célula", explica
o pesquisador.
Além
disso, a infecção estimula o recrutamento de células imunológicas, como os
macrófagos “que são células suscetíveis tanto ao HIV quanto ao Influenza. E
mesmo nessas células, a infecção pelo HIV leva a esse aumento do fator de
restrição IFITM3, que bloqueia a entrada do Influenza, e a chegada do material
genético do Influenza ao núcleo da célula", afirma.
A
ideia agora é encontrar a porção da proteína IFITM3 que induz tal resposta,
para que novas terapias para a gripe A e outras doenças como a dengue e a febre
do Nilo, possam ser desenvolvidas.
Fontes: INFO e Folha Vitória.
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