Pesquisa
recentemente publicada na Espanha traz uma elucidação sobre a Doença
de Alzheimer, e sugere que a doença pode ser efeito colateral da evolução, assim seu precioso blog, "Biomedicina em Ação", resolve deixar você informado sobre o
assunto!!!
Antes de mostrar a pesquisa gostaríamos primeiro fazer um breve resumo sobre o assunto.
A Doença de Alzheimer (DA) interrompe
processos metabólicos essenciais que mantêm os neurônios saudáveis. Estes rompimentos fazem com que as células nervosas do cérebro pararem de trabalhar e percam suas conexões com outras células nervosas, e, finalmente,
morrem. A destruição e a morte de
células nervosas faz com que haja falha de memória, alterações de personalidade,
problemas na realização de atividades diárias, e outras características da
doença.
Os
cérebros de pessoas com DA têm uma abundância de duas estruturas anormais- amiloides placas e emaranhados neurofibrilares , que são feitas de proteínas deformadas. Isto é especialmente verdadeiro em
certas regiões do cérebro que são importantes para a memória.
A
terceira característica principal da doença de Alzheimer é a perda das conexões
entre as células. Isto conduz à
diminuição da função celular e morte célula.
Segue abaixo a matéria publica
no site da revista Veja em 01/03/2013.
Alzheimer pode ser 'efeito
colateral' da evolução do cérebro
Pesquisa sugere que a doença se origina em uma
região do cérebro responsável pelo desenvolvimento do raciocínio, encontrada só
em humanos
A doença
de Alzheimer pode ser um "efeito colateral" ocasionado pela evolução
do cérebro do homem, ao menos segundo as conclusões de um estudo publicado
nesta semana, no periódicoJournal of Alzheimer's Disease.
De acordo com a pesquisa, a doença está associada à vulnerabilidade de uma
determinada região do cérebro responsável pela cognição.
A pesquisa, feita pelo Centro Nacional de
Investigação sobre a Evolução Humama, na Espanha, estudou a doença em sua fase
inicial. De acordo com o trabalho, nessa etapa, o Alzheimer é caracterizado por
um defeito metabólico no lobo parietal do cérebro — uma região do órgão responsável
pela capacidade cognitiva e que diferencia o homem dos outros animais,
inclusive dos demais primatas.
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Para Emiliano Bruner, um dos autores do estudo, o
trabalho abre um novo campo de pesquisa sobre a doença, que até agora era
associada aos danos celulares nas áreas temporais e frontais do cérebro. Ele
acredita que os prejuízos nessas áreas não são a causa da doença, mas uma de
suas consequências.
De acordo com o pesquisador, a identificação do
lobo parietal como origem do Alzheimer poderia justificar o fato de a doença
não afetar outras espécies, uma vez que se trata de uma zona cerebral presente
apenas no Homo sapiens. Burner acredita que a
seleção natural não eliminou o Alzheimer porque a doença surge principalmente
em idades avançadas, quando o indivíduo já não pode mais se reproduzir.
Conheça a pesquisa
TÍTULO ORIGINAL: Alzheimer's
Disease: The Downside of a Highly Evolved Parietal Lobe?
ONDE FOI DIVULGADA: periódico Journal of Alzheimer's Disease
QUEM FEZ: Emiliano Bruner e Heidi Jacobs
INSTITUIÇÃO: Centro
Nacional de Investigação sobre a Evolução Humama, na Espanha
RESULTADO: O
surgimendo da doença de Alzheimer pode estar relacionado ao desenvolvimendo do
lobo parietal, região do cérebro responsável pela capacidade cognitiva que
diferencia o homem dos outros animais, inclusive os demais primatas.
Fontes:
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