Nos
dias 9, 10 e 11 de novembro, acontecerá em Alfenas - MG, o IX Congresso de
Biomedicina e VI Jornada de Análises Clínicas, realizado pela Liga de Citologia
Clínica (LCC) da Unifenas. A programação está recheada de palestras, workshop e
minicurso.
Para
maiores informações, entre em contato com a LCC pelo facebook, clicando aqui.
Hoje
vamos de fisiologia! E nada mais justo do que falar sobre um evento de suma
importância para a nossa sobrevivência: o ciclo cardíaco.
O
coração é um órgão relativamente pequeno, mas de grande importância para a
manutenção de funções vitais do organismo. Considerado uma “bomba”, que ao se
contrair “bombeia” o sangue para a periferia, e ao relaxar se enche novamente
de volume. Tem como função básica garantir que o sangue chegue aos tecidos
periféricos e o aporte sanguíneo para os alvéolos de modo a permitir a troca
gasosa.
Anatomicamente,
encontra-se apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade
torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna
vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de
massa cardíaca ficam à esquerda da linha média do corpo. A extremidade pontuda
do coração é o ápice, dirigida
para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração,
oposta ao ápice, é a base,
dirigida para trás, para cima e para a direita.
O
coração possui quatro câmaras: dois átrios
e dois ventrículos.
Átrio
direito: sangue rico em dióxido de carbono – venoso – por meio das veias cava
superior, inferior e seio coronário.
Átrio
esquerdo: sangue oxigenado, por meio de quatro veias pulmonares.
-> Ventrículos (câmaras inferiores): bombeiam o sangue para fora do
coração.
Ventrículo
direito: recebe o sangue vindo do átrio direito e expulsa o sangue por meio da
artéria pulmonar para os pulmões.
Ventrículo
esquerdo: recebe o sangue oxigenado do átrio esquerdo e expulsa para a circulação
sistêmica do corpo.
CICLO
CARDÍACO
É
denominado Ciclo Cardíaco o conjunto de eventos que ocorre entre o início de um
batimento cardíaco e início de um próximo. Cada ciclo tem início quando é
gerado um potencial de ação espontâneo no nodo sinusal, localizado na parede
superior do átrio direito, próximo da abertura da veia cava superior. Este
potencial de ação se propaga do átrio direito até os ventrículos de tal forma
que ocorre um atraso de cerca de 0,1 segundo a passagem desse impulso dos
átrios para os ventrículos permitindo que os átrios se contraiam antes, colaborando
com o enchimento ventricular antes da sua contração. Isso faz com que tenhamos
um fluxo sanguíneo coerente, se não fosse assim, o sangue iria para qualquer
lado.
O ciclo
consiste então no período de relaxamento (DIÁSTOLE), momento no qual o coração
se enche de sangue. Logo após ocorre o período de contração (SÍSTOLE). A
duração total do ciclo cardíaco é a recíproca da frequência cardíaca, como por
exemplo, se a frequência cardíaca é de 72 batimentos/min, a duração do ciclo é
de 1/72 batimentos/min.
Normalmente,
o sangue flui de forma contínua, vindo das grandes veias para os átrios, e a
maior parte do sangue que entra (cerca de 80%) flui diretamente para os
ventrículos, mesmo antes da contração atrial, devido à diferença de pressão
entre as câmaras que faz com que haja a abertura das valvas atrioventriculares.
Sendo assim, os 20% do sangue que resta vai para os ventrículos através da
contração (sístole atrial). A complementação do enchimento é importante para
que haja melhoria da eficácia do bombeamento ventricular.
O
período de enchimento rápido é o primeiro terço da diástole ventricular. Ele
ocorre porque durante a contração (sístole) ventricular, grande quantidade de
sangue se acumula nos átrios direito e esquerdo, uma vez que as valvas
atrioventriculares estão fechadas. Assim que a sístole dos ventrículos termina,
as pressões ventriculares retornam aos baixos valores diastólicos, as pressões
moderadamente altas que se desenvolveram nos átrios durante a sístole
ventricular forçam de imediato as valvas atrioventriculares a se abrirem, e o
sangue então vai dos átrios para os ventrículos. Como já dito, somente cerca de
20% do sangue chega aos ventrículos através da contração (sístole) dos átrios.
Começa
então a contração isovolumétrica dos ventrículos, aumentando a pressão interna
dessas câmaras e promovendo o fechamento das valvas atrioventriculares. Quando
a pressão dentro do ventrículo esquerdo atinge um pouco mais que 80 mmHg (e a
pressão do ventrículo direito, pouco mais que 8 mmHg), as valvas semilunares (aórtica
e pulmonar) são forçadas a abrir. O sangue começa então a ser lançado para as
artérias.
Assim,
depois que o sangue é lançado para as artérias, inicia-se de imediato o
relaxamento isovolumétrico dos ventrículos, diminuindo a pressão dentro dos
mesmos. Diferente disso, as artérias estão recebendo grande pressão, e isso acaba
causando o fechamento das valvas aórticas e pulmonar. Nesse momento, a pressão
intraventricular diminui e as valvas atrioventriculares se abrem para receber
mais sangue.
E aí...
o ciclo recomeça!
Por hoje
é só! Mas fique de olho no blog, porque ainda teremos aqui uma complementação
deste assunto. Nos próximos dias falaremos sobre pequena e grande circulação, a
função das valvas atrioventriculares e semilunares, e as bulhas cardíacas.
Bibliografia:
Hall, John E. (John Edward), 1946 –
Tratado de Fisiologia Médica [recurso eletrônico] / John E. Hall; [tradução
Alcides Marinho Junior – et al.]. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2011.
Como sempre, vai um vídeo super bacana para ajudar na compreensão!
Que tal uma festa de Halloween com
bolos muito inusitados? Desconfio até que, para biomédicos e todo o pessoa da
área da saúde, esses bolos acabam não dando medo nenhum e são demais!!!
Os bolos são obras primas de Yolanda
Gampp, que tem um canal no Youtube (How to cake It) ensinando a fazer bolos um tanto quanto inusitados.
Dá só uma olhada!
Esta
semana, a Associação Brasileira de Biomedicina Estética – ABBME (SBBME),
divulgou uma nota de esclarecimento a respeito do pedido de anulação das Resoluções
CFBM ns. 197/2011, 200/2011 e 214/2012, que dispõem sobre a Biomedicina
Estética e requisitos para exercício destas atividades pelo biomédico.
Novamente,
o Conselho Federal de Medicina (CFM) tentando de alguma forma, monopolizar uma
área, que por direito concedido em lei, é também dos biomédicos. A decisão da Juíza
da 3ª Vara Federal do Distrito Federal é favorável ao CFM, colocando em risco a
atuação dos biomédicos.
Diante
ao exposto, o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) irá reunir-se nesta
terça-feira (11), às 15h, em Brasília, para tratar de assuntos referentes a
decisão judicial que limita a atuação do Biomédico no âmbito da Estética.
Leia
a nota de esclarecimento (clicando aqui), e inteire-se do assunto. E para quem
puder comparecer, o Conselho Federam de Biomedicina (CFBM), convida todos os
interessados a participarem.
Local: Setor Comercial Sul, Quadra 07, Bloco A, Sala 804.
Ed. Pátio Brasil - Brasília.
As DTA (doenças
transmitidas por alimentos) são consideradas um problema de saúde
pública. Segundo a Vigilância Sanitária, considera-se surto quando duas ou
mais pessoas apresentam os mesmos sinais/ sintomas após ingerir alimentos e/ou
água da mesma origem.
Os sintomas dependem do
agente etiológico envolvido e podem variar desde leve desconforto intestinal
até quadros extremamente sérios. Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO),
a manifestação clínica mais comum das DTAs
são sintomas gastrointestinais, mas podem causar
diversos outros sintomas (neurológicos,
ginecológicos, imunológicos, falência de múltiplos órgãos e óbito).
A ocorrência de um surto
caracteriza uma falha no processamento, manipulação, preparo, transporte ou
armazenamento do alimento e sua ocorrência é de notificação compulsória para
todo o território nacional.
O perfil epidemiológico
das doenças transmitidas por alimentos no Brasil ainda é pouco conhecido, pois
a identificação dos surtos ainda é dificultada pela complexidade das
manifestações clínicas (sintomas); devido a existência de inúmeros patógenos
que podem estar associados e varias fontes/ vias de transmissão dos mesmos;
muitos surtos não são notificados ou detectados/ diagnosticados.
É importante saber que para a maioria dos patógenos
envolvidos nas DTAs não existe vacina, com exceção de alguns rotavírus e da
hepatite A.
Conheci ela no fim de
uma das melhores fases da minha vida. Essa frase pode parecer romântica se você
imaginar que tudo foi perfeito e que não tinha dúvidas do que faria dali pra
frente. Mas a melhor fase em questão era o terceiro ano do ensino médio, e a
dúvida era qual carreira seguir. Eu
tinha que prestar um vestibular, e só sabia que tinha o dom de ser cientista.
Só isso. E a Biomedicina apareceu. Lá estava ela.
Enquanto todos ao redor seguiam
para medicina, engenharia, ou algum outro curso mais conhecido, eu corri ao
encontro do meu sonho. Ninguém entendia o que era essa tal da Biomedicina, mas
ela já tinha me encantado. Foi paixão à primeira vista. Para ambas as partes.
Durante a faculdade
foram noites sem dormir, mas eu já tinha certeza de que era isso que eu queria
seguir. Passei algumas madrugadas acompanhada de Guyton, Lehninger, e outros
tantos autores. Dos livros, migrei para os laboratórios, e lá conheci todo um
universo maravilhoso.
Começamos a nos
aproximar ainda mais. A Biomedicina e eu. Com ela pude conhecer um mundo novo,
microscópico, colorido (e às vezes nem tanto). Com ela li e escrevi artigos,
estudei o sistema complemento, o ciclo de Krebs, os fatores de coagulação, quis
descobrir a cura de muitas doenças. Sei que um dia ainda consigo, com a ajuda
dela. Fizemos amigos novos e com eles vamos fazer com que mais gente
conheça a importância da nossa profissão. Sofremos com o pouco reconhecimento,
com o ato médico, com a reprovação por parte de outras profissões. Nos
alegramos quando colegas se destacam. Com a Biomedicina viajarei o mundo em
busca de conhecimento e voltarei para que mais pessoas possam ter acesso a tudo isso. Das dez técnicas que mais gosto, sete foi ela que me
mostrou. As outras três foi ela que criou. Aprendi o que era hematopoese e
também o que era cianose, forame magno (e outros forames do corpo), espécies
reativas de oxigênio, esferócitos, acantócitos, esquisóticos, CK, CKMB, bomba
Na/K, cilindro hialino, e mais um monte de bactérias (Streptococcus, Staphylococcus,
e vários bacilos gram negativos), sem falar de todos os parasitas e outras
palavras que o Word tá sublinhando de vermelho porque o Word não teve a sorte
de ser ter se formado Biomédico.
Um dia eu me formei. E
não foi fácil. Chorei mais que no final do primeiro esfregaço bem feito ou uma PCR que não dá
certo. Mas chorei de alegria. Até hoje, não tem um lugar que eu vá em que
alguém não diga, em algum momento: o que é Biomedicina? Às vezes dá vontade de
pedir para procurar no Google, mas sorrio e digo que somos cientistas e transformadores.
Parece que, para sempre, ela vai fazer parte de mim.
Essa semana, pela
milésima vez, vi o meu CRBM – não por acaso estava sobre minha mesa de estudos.
Achei que fosse chorar de alegria, como no dia da minha colação de grau. E o
que me deu foi orgulho de ter me tornado quem eu sou e por estar vivendo tudo
isso. Vou sempre buscar maior conhecimento e exercer a minha profissão com
ética e competência. Lembro-me sempre
que poder da criação é divino, mas o da transformação é nosso e descobri que na
verdade, a melhor fase da minha vida é agora. Não falta nada.
- Thassia Mariane Teodoro
(Adaptado do texto de Gregório Duvivier)
O 2º Simpósio de Ciências Biomédicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da USP está com as inscrições abertas!
O objetivo do evento, que é aberto a
toda a comunidade, é proporcionar aos participantes uma experiência acadêmica diferenciada,
por meio da discussão de temas
relevantes e atuais em Ciência, Tecnologia e Humanidades, além de prestigiar o trabalho de alunos de graduação,
por meio de sessão de pôsteres e apresentação oral.
O evento será realizado nos
dias 24 e 25 de outubro no
Espaço de Eventos do Bloco Didático da FMRP, campus USP em Ribeirão
Preto.
As inscrições vão até dia 30 de setembro, já o envio de resumos para
apresentação de pôsteres e oral, até
dia 02 de setembro.
Para mais informações, inscrições e a agenda completa:
A biomedicina oferece
inúmeras opções de atuação, dentre elas, a área de alimentos que permite ao
profissional biomédico trabalhar em indústrias, laboratórios, centros de
pesquisa e consultorias.
O segmento alimentício é,
sem dúvidas, uma área interessante e desafiadora para o biomédico. Existem diversas
especializações que permitem a esse profissional tornar-se habilitado a atuar
nesse mercado.
A
especialização em Bromatologia, ou Ciências dos
alimentos, capacita o profissional a realizar análises da composição física,
química e toxicológica dos alimentos, dos nutrientes e contaminantes presentes
e sua atividade no organismo.
A especialização em Gestão
da Qualidade dos alimentos habilita o biomédico a desenvolver a gestão como um
todo, em toda a cadeia produtiva, garantindo a qualidade dos alimentos
produzidos. São abordados temas de Gestão e
Segurança Alimentar, Boas Práticas, Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle (APPCC) e Legislações pertinentes.
E por fim, mas não menos
importante, a especialização em Microbiologia de Alimentos possibilita ao
biomédico aplicar a microbiologia básica da graduação na área de alimentos,
realizando análises que visam garantir a
segurança e inocuidade dos alimentos e do processo produtivo.
MERCADO DE TRABALHO
A média
salarial varia muito, depende da atividade realizada, do local de trabalho e do
cargo pretendido.
Um conselho muito importante é buscar experiência prévia,
independente da área desejada, a experiência obtida em estágios, trabalhos
realizados e outras atividades contam muito para ingressar no mercado de
trabalho.
ONDE ESTUDAR
SBM (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE MICROBIOLOGIA), EXTECAMP
(ESCOLA DE EXTENSÃO DA UNICAMP), ITAL
(INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS), entre
outras.