As DTA (doenças
transmitidas por alimentos) são consideradas um problema de saúde
pública. Segundo a Vigilância Sanitária, considera-se surto quando duas ou
mais pessoas apresentam os mesmos sinais/ sintomas após ingerir alimentos e/ou
água da mesma origem.
Os sintomas dependem do
agente etiológico envolvido e podem variar desde leve desconforto intestinal
até quadros extremamente sérios. Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO),
a manifestação clínica mais comum das DTAs
são sintomas gastrointestinais, mas podem causar
diversos outros sintomas (neurológicos,
ginecológicos, imunológicos, falência de múltiplos órgãos e óbito).
A ocorrência de um surto
caracteriza uma falha no processamento, manipulação, preparo, transporte ou
armazenamento do alimento e sua ocorrência é de notificação compulsória para
todo o território nacional.
O perfil epidemiológico
das doenças transmitidas por alimentos no Brasil ainda é pouco conhecido, pois
a identificação dos surtos ainda é dificultada pela complexidade das
manifestações clínicas (sintomas); devido a existência de inúmeros patógenos
que podem estar associados e varias fontes/ vias de transmissão dos mesmos;
muitos surtos não são notificados ou detectados/ diagnosticados.
É importante saber que para a maioria dos patógenos
envolvidos nas DTAs não existe vacina, com exceção de alguns rotavírus e da
hepatite A.
SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS NO
BRASIL
Dados Atualizados em 2016
NÚMERO DE SURTOS:
DISTRIBUIÇÃO:
SINTOMAS:
ALIMENTOS ENVOLVIDOS:
MICRORGANISMOS RELACIONADOS:
PRINCIPAIS CAUSAS:
LOCAL DE OCORRÊNCIA:
No período de 2007 a 2016, foram registrados 6.632
surtos e o estado com mais casos foi o Sudeste. Os sintomas mais comumente
relatados foram diarréia, dores abdominais, naúseas e vômitos, seguidos por
cefaléia e febre.
Os
principais alimentos envolvidos/ causadores dos surtos não foram identificados
(66,8%). Os alimentos mistos e água representam uma porcentagem significativa
dos surtos.
Dos microrganismos envolvidos, a Salmonella,
E. coli e S. aureus destacam-se, representando 7,5%, 7,2% e 5,8%,
respectivamente. As principais causas são conservação e manipulação/ preparação
inadequadas dos alimentos nas residências.
FONTE:
Ministério da Saúde, Junho de 2016.
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