Muitas pessoas talvez tenham algumas manias, que às vezes nem sabem que se trata de um transtorno cerebral. Eu preciso confessar que, como muita gente, sofro de Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC, e compreendo que não é apenas uma mera mania, mas sim algo que nos atrapalha bastante nas atividades simples do cotidiano. Para mim, ler sobre isso, e escrever aqui no blog será uma tarefa um tanto angustiante e estressante, mas será bom falar disso com vocês. Pode até parecer engraçado, mas para quem tem a doença, é muito angustiante, é como uma tortura diária, que se não tratada, parece nunca ter fim.
Mas o que é o TOC?
Como dito acima, trata-se do Transtorno Obsessivo Compulsivo, caracterizado por pensamentos ansiosos de obsessão ou compulsão, que se apresentam em forma de sintomas como repetições e tiques nervosos. Este é um problema raro considerando outros tipos de transtornos, porém cada vez mais frequente, que atinge cerca de 2%, e até os anos 80 era considerado incurável, e traz um grande sofrimento diante de suas características clínicas e sociais. Normalmente desenvolve-se em pessoas com idade abaixo dos 25 anos, sem definição de causas verdadeiras, mas que podem ser de origem biológica ou psicológica.
Como ainda não é um assunto muito discutido, o paciente que apresenta sintomas deste transtorno se vê reprimido diante à sociedade, principalmente quando falamos de pacientes que estão na infância ou adolescência. Querer ocultar os sintomas com medo de represália, mediante a vergonha de expor suas dificuldade de lutar contra isso pode ocasionar outra doença, a depressão.
Mesmo que se desconheça a causa do transtorno, "uma grande incidência do TOC foi observada em grupos familiares, onde várias pessoas dessa mesma família são acometidas. Em gêmeos idênticos a incidência é de 20 a 40 vezes maior que na população em geral. Daí a hipótese de ser uma doença que apresente um fator genético", diz Marilena Henrique Teixeira Netto, em seu artigo "TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo".

Mas devemos considerar o fato de que alguns rituais que podem parecer compulsivos são apenas manias ou superstições. O sinal para que o paciente procure ajuda para avaliar o nível ou o tipo de transtorno, e assim tratá-lo se dá quando essas manias começam a incomodar, a atrapalhar atividades diárias, a ocasionar mudanças repentinas de humor, e se tornam excessivos.
Como tratar?
Ao contrário do que possa parecer, o paciente têm plena consciência de que algo está fora do normal, mas tem medo de que as pessoas achem graça da situação. Reconhecer a doença e procurar por ajuda é o primeiro passo para o tratamento.
O TOC não tem graça. Tem tratamento.
Até a próxima postagem!
TORRES, A. R.; MIGUEL, E. C. Um suplemento de atualização em transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.23 suppl.2 São Paulo Oct. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462001000600001
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