domingo, 5 de julho de 2015
Anemia falciforme é uma doença
hereditária monogênica caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do
sangue, tornando-os parecidos com uma foice, pela alteração da sua membrana,
rompem-se mais facilmente e causando anemia. É causada pela mutação de ponto
(GAG->GTG) no gene da globina beta da hemoglobina, originando uma
hemoglobina anormal, denominada hemoglobina S (HbS), ao invés da hemoglobina
normal denominada hemoglobina A (HbA).
A doença originou-se na África e foi
trazida às Américas pela imigração forçada dos escravos. No Brasil,
distribui-se heterogeneamente, e é predominante entre negros e pardos, também
ocorrendo entre brancos.
Devido ao encurtamento da vida média das
hemácias, pacientes com anemia falciforme apresentam hemólise crônica que se
manifesta por palidez, icterícia, elevação dos níveis de bilirrubina indireta,
do urobilinogênio urinário e do número de reticulócitos.
Como não há tratamento específico para a
doença, medidas como boa nutrição, profilaxia, diagnóstico e
terapêutica precoce de infecções; manutenção de boa hidratação e evitar
condições climáticas adversas são aplicadas a fim de minorar as consequências
da anemia crônica. Não obstante, o acompanhamento ambulatorial e laboratorial
se faz muito importante.
Diante disso, no dia 01/07/2015, quarta-feira, foi
publicada no Diário Oficial da União a inclusão do transplante de medula óssea
para o tratamento da Anemia Falciforme no rol de procedimentos cobertos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS).
“Parte das evidências científicas que
contribuíram para a inclusão do tratamento na rede pública foi produzida em
trabalhos realizados no âmbito do Centro de
Terapia Celular (CTC)
– um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP
e sediado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de
São Paulo (USP). Atualmente, o centro é o único do Brasil que realiza o
procedimento de maneira regular.”
A técnica é chamada de “transplante de células-tronco
hematopoéticas alogênico”, e os primeiros trabalhos experimentais foram realizados
em 2003, sob coordenação de Julio Voltarelli, pesquisador pioneiro no estudo
com células-tronco e estudioso também em esclerose lateral amiotrófica, que
faleceu em 2012. Já foram realizados 27 dos 40 transplantes em portadores de
anemia falciforme. Na Europa já foram transplantados cerca 600 pacientes
falciformes e 600 nos Estados Unidos, com um índice promissor de 90%, quando o
doador é um irmão compatível; e mortalidade de 5%. Os transplantes com doadores
não aparentados ainda são considerados experimentais.
“Essa experiência
local foi muito importante para ajudar a mudar opiniões contrárias à inclusão
do procedimento no SUS dentro do Ministério da Saúde. Havia apenas evidências
sobre a segurança e a eficácia do método vindas da Europa ou dos Estados Unidos
e nós mostramos que em nossos pacientes conseguíamos alcançar os mesmos índices
de cura e sobrevida. Mostramos que muitos desses pacientes, que antes viviam
sendo hospitalizados, passaram a levar uma vida normal e produtiva. Essa
experiência local foi fundamental”, afirmou Belinda Simões, líder atual do
projeto.
Fonte:
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Bioquimicamente,
o fígado é um dos órgãos mais importantes, pois está diretamente envolvido no
metabolismo. Ele está localizado abaixo do diafragma, no quadrante superior e
todos os nutrientes provenientes da digestão dos alimentos no sistema
digestório, com exceção das gorduras, passam inicialmente pelo fígado, antes de
atingirem a circulação geral.
O
fígado possui funções metabólicas, como já havíamos dito anteriormente, como
atividade sintética de compostos como proteínas, carboidratos e lipídeos,
desintoxicação e metabolismo de fármacos, além de função excretora e secretora,
armazenamento, funções protetora, circulatórias e coagulação sanguínea.
Nesta
postagem trataremos dos marcadores de lesão e função hepática.
quarta-feira, 25 de março de 2015
A vacina contra a dengue
da Sanofi Pasteur será lançada até o final deste ano ou no início de 2016. O
produto está pronto, mas ainda precisa ser liberado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), informou a empresa nesta segunda-feira (23).
"Estamos reunindo toda documentação para enviar às agências
reguladoras de vários países, inclusive a do Brasil, ainda no primeiro
semestre", afirmou Sheila Homsani, do departamento médico da Sanofi.
A empresa vem investindo no desenvolvimento clínico da vacina há
20 anos e destaca que, atualmente, é a que está em estado mais avançado. O
Instituto Butantan, de São Paulo, também desenvolve uma vacina contra a dengue,
mas os testes estão na segunda fase - a terceira e última fase pode levar três
anos.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer antecipar o uso da
vacina no Estado de São Paulo, que está à beira de uma epidemia. A terceira
fase de testes seria ampliada para atingir um maior número de pessoas. O pedido
de antecipação será apresentado à Anvisa.
A Sanofi Pasteur informou que a fase três de testes é
fundamental para análise de eficácia da vacina em diferentes contextos
epidemiológicos. Um dos estudos, realizado na América Latina, incluindo o
Brasil, envolveu mais de 20 mil participantes em cinco países - crianças e
adolescentes com idades entre 9 e 16 anos.
O estudo mostrou que a vacina reduziu 60,8% dos casos de dengue
na população vacinada e foi eficaz contra os quatro sorotipos da doença. Também
reduziu em 95,5% os casos graves e em 80,3% o risco de internações.
A vacina da Sanofi deve ser aplicada em três doses, uma a cada
seis meses, para dar uma resposta equilibrada para os quatro tipos de vírus. A
empresa investiu na construção de uma fábrica próximo de Lyon, na França, com
capacidade para produzir 100 milhões de doses por ano.
O custo da vacina ainda não foi dimensionado. Até esta segunda,
a empresa não havia sido procurada por órgãos do governo estadual e federal
para apresentar sua vacina.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
A Biomedicina é uma das profissões em que NUNCA se deve parar
de estudar. O conhecimento nunca está completo, e é preciso que nos atualizemos
a cada dia. O post de hoje é uma dica principalmente aos graduandos e alunos de
pós-graduação. É claro que trata-se apenas de uma dica, e não existe uma fórmula
para se dedicar aos estudos e se dar bem nas disciplinas. Mas vem ver como eu
me organizava na graduação para não acumular conteúdo para a véspera da prova!
Passo 1:
Anote o que o professor fala. Sempre. Aproveite o momento da
aula para se inteirar do assunto, e fazer essas anotações. Assim, quando
estiver estudando em casa, ficará muito mais fácil lembrar da aula.
Passo 2:
Se o professor passa os slides da aula, faça bom proveito
disso. Uma boa dica é seguir o conteúdo dos slides, mas não se prender somente
à eles. Tenha em mãos também um livro da disciplina. O livro é sempre a melhor
ferramenta para se aprofundar no assunto e tirar dúvidas, já que você não tem o
professor a todo o momento com você.
Passo 3:
Pegue um caderno de estudos (extra), e junte as suas
anotações da aula com o conteúdo dos slides e trechos do livro. Assim você terá
3 fontes de apoio aos estudos!
Passo 4:
Provavelmente surgirão muitas dúvidas durante os seus
estudos. Anote todas.
Passo 5:
Para sanar as dúvidas, procure o professor ou discuta com
colegas.
Passo 6:
Chegou a véspera da prova e você estudou com calma, agora é
só revisar! Para isso, pegue o seu caderno de estudos, e sente na frente do
computador. Esqueça o facebook por alguns instantes e abra o google e o
youtube! Releia todo o conteúdo que você estudou, e procure por vídeos, blogs e
artigos sobre o assunto. Assim, na véspera da prova você já vai estar com todo
o conteúdo na cabeça, e só vai relembrar, de uma forma mais tranquila do que
ter que “enfiar a cara nos livros”. J
Ah, e para quem não consegue se concentrar de forma alguma,
temos uma outra dica! É só clicar aqui para conferir!
Se vocês gostaram dessa forma de estudar, comentem em baixo,
ou ainda compartilhe nos comentários como é a rotina de estudos de vocês!
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Definição de “Expressão Gênica”: é o processo em que a
informação codificada por um determinado gene (sequências de nucleotídeos do
DNA), é decodificada em uma proteína. Teoricamente, a regulação em qualquer uma
das etapas desse processo pode levar a uma expressão gênica diferencial. Ela ocorre em duas etapas bem distintas: a produção do RNAm (chamado de transcrição) e
a síntese da proteína (chamado de tradução).
Com a definição clara do termo “expressão gênica”, podemos falar sobre a dessa expressão nos procariotos! Muitos estudantes sentem grande dificuldade nesse assunto, mas vocês verão que acaba sendo muito interessante quando você o compreende. Vamos aos estudos!
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Chegou a hora de falarmos sobre
Biomedicina Estética! Convidei a Dra. Brunna Veruska de Paula Faria, biomédica
hematologista, que acabou se apaixonando pela estética. Nesta entrevista ela
conta como mudou o rumo da sua carreira e responde dúvidas dos leitores do
Biomedicina em Ação.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Dra. Brunna,
você se formou na Universidade Católica de Goiânia, atual PUC-GO. Por que você
escolheu Biomedicina? O que mais lhe chamou a atenção no curso e na profissão?
DRA. BRUNNA: Bom, na verdade eu
era estudante de Administração (fiz 2 anos) mas não gostava do curso por ser
muito pacato, e na época eu visitei um laboratório de melhoramento genético da
Embrapa e simplesmente fiquei encantada com tudo, com os aparelhos e decidi que
queria trabalhar em laboratório, começou então a minha busca pelo curso que
poderia me proporcionar aquilo, até então eu não conhecia a Biomedicina, e
fiquei em dúvida entre ela e farmácia, visitei as faculdades UFG e PUC-GO e me
rendi a Biomedicina. Até então o plano era que eu tinha certeza que ia querer
trabalhar com a área de genética... mas nossos caminhos mudam e a gente
descobre novas áreas e vai se apaixonando!
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Segundo
a Anvisa, as bactérias Gram-positivas, especialmente os cocos, estão entre os
microrganismos mais frequentemente isolados de amostras biológicas humanas em
laboratórios de microbiologia. Neste artigo, abordaremos principalmente as
características e identificação do Staphylococcus
aureus, o mais importante microrganismo dentre os estafilococos, sendo responsável
pelo segundo maior número de infecções em seres humanos.
Os
Staphylococcus aureus são cocos gram
positivos não esporulados, imóveis, anaeróbios facultativos, produtores de
catalase, e dispostos em grupos ou “cachos de uvas”. Pertencem à família Micrococcaceae, e é uma das 37 espécies
do gênero Staphylococcus. As colônias
de S. aureus (aureus, do latim, “dourado”) podem se apresentar em colocação amarelada
e formação de halo em ágar sangue.
São
comumente encontrados na nasofaringe de aproximadamente 60% da população em
geral, pele e raramente na vagina; e de todas as espécies do gênero Staphylococcus, o S. aureus
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Desde
sempre as novas tecnologias vem a contribuir com o desenvolvimento ao nosso redor,
sobretudo com o compartilhamento de informações. É preciso então que nos
aliemos a estas tecnologias para que estejamos sempre atentos ao novo,
principalmente na área da ciência e saúde, já que há uma dinamicidade no
surgimento de tais informações. Uma
boa forma de se aliar a isto é através dos aplicativos disponíveis e muitas
vezes acessíveis a todo mundo. Testei alguns aplicativos relacionados à
ciência e saúde, e vou listar os que mais gostei. Vale a
pena conferir para complementar os estudos e ficar bem informado.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
As
informações são da Revista Galileu
![]() |
| Imagem divulgação: Google. Fonte: Revista Galileu |
Olha
mais tecnologia a favor da saúde! Depois de lançar os seus óculos 'smart', o
Google Glass, a gigante da internet está testando lentes de contato. Não se
trata de uma versão “mini” do óculos, mas servirá para medir o nível de glicose
no fluido lacrimal de pacientes diabéticos.
Para
isso, o aparelho possui sensores minúsculos de glicose e chips wireless,
capazes de reunir e transmitir os dados dos exames para um computador ou
smartphone. Ou seja, o exame e o monitoramento é feito de forma constante - sem
a necessidade de interromper as atividades do paciente ou extrair sangue. De
acordo com os desenvolvedores do projeto, Brian Otis e Babak Parviz, o
procedimento atual é doloroso e incômodo - e, por isso, muitos diabéticos não
fazem quantos testes quanto deveriam.
Protótipos das lentes estão sendo testados no
Google(x), um laboratório voltado a produtos inovadores. Como seu
desenvolvimento ainda está em fase inicial, não há informações sobre quando a
tecnologia estará disponível no mercado.
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