Juntar várias áreas do conhecimento em
um único propósito: isso é pensar fora da caixa. É algo que sempre queremos
incentivar, e é exatamente isso que um grupo de estudantes dos cursos de
ciências biomédicas, biotecnologia, ciências sociais, física estatística,
química e arquitetura da Universidade de São Paulo (USP) fizeram. Essa união os
levaram ao Biomod, uma competição de design biomolecular da Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos. A equipe volta ao Brasil com 3 prêmios: Bronze
Project Award, o terceiro lugar no Audience Favorite e o prêmio de melhor
Design da Camiseta. O Biomod foi criado em 2011, e sempre
reuniu alunos de graduação do Japão, Dinamarca, Austrália e China. Esse ano, a
equipe da USP foi a primeira da América Latina a participar da competição que
traz desde nano robôs à computadores moleculares.
Para alcançarem a competição, além de
muita pesquisa e persistência, o Team Protomatos realizou um financiamento
coletivo (assim como a postagem abaixo da neurocientista Suzana Herculano) e
conseguiram arrecadar quase R$ 17 mil reais. No site do financiamento, os
alunos enviariam aos doadores, colares, chaveiros e cadernos em troca ao
incentivo financeiro.
O projeto da equipe da USP visava utilizar
a tecnologia de DNA Origami.
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Octaedro de DNA. Imagem Dr. Cassio Alves (Catarse) |
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DNA Origami consiste na “dobradura” do DNA para
criar formatos bi e tridimensionais na escala nano. Esta tecnologia foi a matéria de capa da Nature em
16 de março de 2006. Desde então, o DNA origami progrediu desde uma forma
artística de design molecular para diversas aplicações práticas, como sistemas
de drug-delivery (entrega localizada de fármacos ) ou circuitaria de
dispositivos plasmônicos. A maioria dessas aplicações, contudo, permanece como
conceito ou em fase de testes.”
A ideia é melhorar o design de
nanocages (caixas nanoméricas) em formato de octaedro, criadas a partir de
trechos de DNA e alocar dentro delas vias metabólicas para testar a viabilidade
de uma produção biotecnológica mais acessível e de baixo impacto ambiental. Como
cada via metabólica utiliza enzimas em quantidades e tamanhos diversos, o grupo
adotou um software desenvolvido pelo pesquisador Cássio Alves durante seu
doutorado no Instituto de Física da USP para calcular as estruturas ideais
dessas “caixas” de DNA sintético.
Fontes:
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