Para
alguns, “8 de março” é dia de presentear com flores, para outros o importante é
demonstrar o quão as mulheres a sua volta são especiais. Outros ainda relembram
a luta da mulher dentro da sociedade e o caminho cursado para chegarmos até
aqui e conquistarmos o que temos hoje.
No
ano passado, falamos aqui no blog sobre a atuação da mulher na biomedicina, e
citamos a incrível cientista Marie Curie. Hoje, nós queremos homenagear a todas
as mulheres, sobretudo às que estão envolvidas com as ciências da saúde falando
um pouco de uma das grandes cientistas que contribuiu para a ciência e que aos 100 anos de idade tornou-se a primeira vencedora
do Prêmio Nobel Medicina a alcançar um século de vida.
Esta
grande mulher é Rita Levi-Montalcini, médica
neurologista nascida em Turim, na Itália,
em 22 de abril de 1909. Em agosto de 2001 foi nomeada senadora vitalícia
pelo então Presidente da República italiana Carlo Ciampi, pelos seus “grandes
méritos no campo científico e social”. Rita foi a primeira mulher italiana
galardoada com um Nobel científico e também a primeira a ser admitida na
Academia Pontifícia de Ciências.
O
Prêmio Nobel de Medicina veio em 1986, fruto de uma investigação científica em
conjunto com o norte-americano Stanley Cohen. Os dois descobriram o primeiro
fator de crescimento até então descrito, o NGF (never growth fator), responsável pela manutenção e sobrevivência
dos neurônios.
“A minha inteligência? Um pouco acima de medíocre. Os meus únicos méritos foram empenho e otimismo”
- Rita Levi-Montalcini
Rita
Levi-Montalcini enfrentou a vontade de seu pai (engenheiro) para se tornar
cientista. No cenário atual da ciência, ainda vemos uma menor quantidade de
mulheres em relação aos homens, e naquela época, o preconceito era muito
evidente e não era nada comum que uma mulher quisesse se tornar cientista.
Devido
a sua origem judia, teve de deixar Itália e se mudar para a Bélgica por conta
das leis. Voltou à Itália, mas não tinha condições para trabalhar, além de que
poderia ser novamente deportada. Após a guerra, recebeu um convite para trabalhar
nos EUA – onde fez a sua carreira científica. Só voltou a viver em Itália em
1977.
Autora de 21 livros, em 1992 criou uma fundação com o seu nome, que tinha o objetivo de financiar os estudos de mulheres africanas, na Etiópia, no Congo e na Somália.
Autora de 21 livros, em 1992 criou uma fundação com o seu nome, que tinha o objetivo de financiar os estudos de mulheres africanas, na Etiópia, no Congo e na Somália.
Rita morreu em 2012, aos 103 anos de idade, na Itália.
Abaixo
vocês podem conferir uma entrevista da cientista que chegou aos 100 anos com
uma lucidez invejável. Vale muito a pena ver o vídeo.
Mulheres:
sintam-se todas homenageadas pelo Biomedicina em Ação. Vocês são peça importante
para a profissão. Esperamos que continuem buscando cada vez mais destaque, como
mulheres e profissionais. Parabéns pelo seu dia!
Ciência Portugal
G1
Nobelprize.org
Vito Di Bari.com
Sugestões de leitura:
Fundação José Saramago
Nature






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