Para
alguns, “8 de março” é dia de presentear com flores, para outros o importante é
demonstrar o quão as mulheres a sua volta são especiais. Outros ainda relembram
a luta da mulher dentro da sociedade e o caminho cursado para chegarmos até
aqui e conquistarmos o que temos hoje.
No
ano passado, falamos aqui no blog sobre a atuação da mulher na biomedicina, e
citamos a incrível cientista Marie Curie. Hoje, nós queremos homenagear a todas
as mulheres, sobretudo às que estão envolvidas com as ciências da saúde falando
um pouco de uma das grandes cientistas que contribuiu para a ciência e que aos 100 anos de idade tornou-se a primeira vencedora
do Prêmio Nobel Medicina a alcançar um século de vida.

O
Prêmio Nobel de Medicina veio em 1986, fruto de uma investigação científica em
conjunto com o norte-americano Stanley Cohen. Os dois descobriram o primeiro
fator de crescimento até então descrito, o NGF (never growth fator), responsável pela manutenção e sobrevivência
dos neurônios.
“A minha inteligência? Um pouco acima de medíocre. Os meus únicos méritos foram empenho e otimismo”
- Rita Levi-Montalcini
Rita
Levi-Montalcini enfrentou a vontade de seu pai (engenheiro) para se tornar
cientista. No cenário atual da ciência, ainda vemos uma menor quantidade de
mulheres em relação aos homens, e naquela época, o preconceito era muito
evidente e não era nada comum que uma mulher quisesse se tornar cientista.
Devido
a sua origem judia, teve de deixar Itália e se mudar para a Bélgica por conta
das leis. Voltou à Itália, mas não tinha condições para trabalhar, além de que
poderia ser novamente deportada. Após a guerra, recebeu um convite para trabalhar
nos EUA – onde fez a sua carreira científica. Só voltou a viver em Itália em
1977.
Autora de 21 livros, em 1992 criou uma fundação com o seu nome, que tinha o objetivo de financiar os estudos de mulheres africanas, na Etiópia, no Congo e na Somália.
Autora de 21 livros, em 1992 criou uma fundação com o seu nome, que tinha o objetivo de financiar os estudos de mulheres africanas, na Etiópia, no Congo e na Somália.
Rita morreu em 2012, aos 103 anos de idade, na Itália.
Abaixo
vocês podem conferir uma entrevista da cientista que chegou aos 100 anos com
uma lucidez invejável. Vale muito a pena ver o vídeo.
Mulheres:
sintam-se todas homenageadas pelo Biomedicina em Ação. Vocês são peça importante
para a profissão. Esperamos que continuem buscando cada vez mais destaque, como
mulheres e profissionais. Parabéns pelo seu dia!
Ciência Portugal
G1
Nobelprize.org
Vito Di Bari.com
Sugestões de leitura:
Fundação José Saramago
Nature
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