terça-feira, 6 de agosto de 2013


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Especialistas buscam formas menos agressivas e mais "humanas" para a eutanásia de animais

Foto reprodução/Publicação:Nature. Agosto,2013.
Muito se fala sobre a utilização de animais em pesquisa. A polêmica gira em torno do fato de que os animais, geralmente roedores, são mortos ao final. Esta tarefa é, sem dúvida nenhuma, bastante desagradável ao pesquisador. Diante disso, especialistas de todo o mundo se reunirão esta semana no Reino Unido, para discutir uma forma menos agressiva e livre de sofrimento para a eutanásia dos animais de laboratório. Segundo Penny Hawkins, vice-chefe do departamento de animais de pesquisa da Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade contra os Animais, uma instituição de caridade com sede em Southwater, Reino Unido, há suposições de como tornar as técnicas utilizadas mais “humanas”, e que elas devem ser empregadas, já que o animal pode parecer não estar sofrendo, quando na verdade está consciente e sentindo todo o procedimento de eutanásia.
Atualmente, as técnicas utilizadas na eutanásia dos animais incluem a inalação - como as câmaras de dióxido de carbono ou gases anestésicos - e injeção de barbitúricos. Os métodos físicos incluem luxação cervical (quebra do pescoço), ou a decapitação com guilhotina. Dentre estes citados, discute-se principalmente a utilização do CO2, pois cada vez mais estudos sugerem que o gás deixa os roedores bastante estressados antes da morte. A proposta desta reunião é encontrar uma forma com que os animais sintam o mínimo de desconforto possível e, portanto, a utilização do CO2 na eutanásia deverá ser um ponto a se questionar na reunião.
Os métodos físicos também serão pontos de discussão, por não serem viáveis para um grande número de roedores. Além disso, sugere-se cada vez mais a utilização de novos modelos animais, como o peixe, já que há um melhor bem-estar para este animal.

(Texto original)

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domingo, 4 de agosto de 2013


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Doação de Medula Óssea

Encontrei esse vídeo através do Canal do youtuber Cauê Moura, que fala sobre a leucemia, e o processo de doação de medula óssea. O vídeo é no mesmo formato de vlog, mas vale a pena conferir e espalhar a ideia para todo mundo. No final do vídeo vocês entenderão o motivo.



Mais informações: 
Hemocentros pelo Brasil
REDOME
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sábado, 27 de julho de 2013


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Biomédicos em Ação - Estácio de Sá,São Luis/MA

Foto enviada por uma grande amiga, Inayara Soeiro.


Estes são os futuros biomédicos da Faculdade Estácio de Sá, unidade de São Luis, no Maranhão... Dando adeus ao 7º semestre, e rumo ao último! Parabéns a eles!

Quer participar do blog? Faça como o pessoal do Maranhão, envie também a sua foto! Saiba mais clicando aqui
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A Queda dos Antimicrobianos



Paródia (muito boa) sobre a ineficácia dos antibióticos. Vale a pena conferir!

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domingo, 21 de julho de 2013


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Você sabe o que é a veisalgia?

Considerando que todos os biomédicos não são muito adeptos da bebedeira(ironia aqui), digamos que “algum amigo” seu já deve ter entrado na bebida, e veio achando que você era obrigado a curar a ressaca dele, porque afinal, você é um biomédico (ironia de novo)! Essa é a hora de mostrar que você sabe tudo sobre o metabolismo do etanol. Vale a pena conferir!


Veisalgia. Já ouviu falar? Este é o nome correto (e mais bonito) para “ressaca”. A palavra advém da palavra norueguesa “kveis”, que significa “mal-estar depois da orgia” (risos), e da palavra grega “algia”, que significa “dor”. É um nome apropriado, convenhamos, diante dos efeitos fisiológicos que a ingestão de álcool provoca. As características da veisalgia são cefaleia, náusea, sensibilidade à luz e ruídos, letargia, disforia e sede, e ocorrem quando os efeitos da bebida começam a desaparecer.
Mas vamos aos fatos. Quando o seu “amigo” bebe, o álcool entra na corrente sanguínea, através da absorção intestinal e gástrica, fazendo com que haja o bloqueio da produção do hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina, pela hipófise. O ADH é um hormônio inibidor da diurese, e é necessário em casos onde o organismo precisa reter líquido, mas nesta situação, se o ADH é bloqueado, há o favorecimento da diurese. Além disso, como está havendo ingestão de líquido, consequentemente há uma hipervolemia, e esse excesso de líquido será filtrado pelos rins e eliminado através da urina. É esse o motivo de frequentes micções após alguns copos de cerveja, e pela perda de líquido, ocorre a sede no dia seguinte, um dos efeitos da ressaca.
Todo este mecanismo é regulado por receptores osmóticos do hipotálamo. “Quando há um aumento na concentração do plasma - o que significa que este contém pouca água - os osmorreguladores estimulam a produção de ADH [...]”. Em contrapartida, se há baixa concentração do plasma, significa que há muita água, e o ADH é inibido.
Entretanto, não é só o álcool o vilão, mas também o primeiro produto dele. Trata-se do acetaldeído, produzido no fígado pela degradação do álcool por uma enzima chamada de Álcool desidrogenase. Após este processo, a reação continua com a enzima Aldeído desidrogenase, e será formado o acetato, que não é um composto tóxico. A reação prossegue formando Acetil-CoA, que pode entrar no Ciclo de Krebs, produzindo energia, ou produzir ácidos graxos. 


Dentro desta reação, há também a glutationa, uma substância essencial na transformação do acetaldeído em acetato. Temos então que, se a ingestão de bebida alcóolica é baixa, o álcool é convertido em acetato, e tudo está certo. Mas, se o consumo for alto, o estoque de glutationa se esgota e, portanto, há um acúmulo de acetaldeído, até que o fígado produza mais glutationa para ajudar a Aldeído desidrogenase a degradá-lo. Outras enzimas também estão envolvidas no metabolismo do álcool, e são elas: a CYP2E1 - principal componente do sistema microssomal hepático de oxidação do etanol (MEOS); e a catalase, - localizada nos peroxissomas dos hepatócitos, responsável por apenas cerca de 10% da oxidação.
Outro ponto em questão é a inibição da glutamina pelo álcool. A glutamina é um aminoácido precursor do glutamato e do GABA, neurotransmissores respectivamente excitatório e inibitório. Enquanto a pessoa bebe, a glutamina é inibida, e ao parar com a ingestão, o organismo volta a produzir a substância de forma desenfreada para tentar compensar o que não foi produzido. Se há aumento da produção de glutamina, consequentemente, os níveis dos dois neurotransmissores também se elevarão, o que provoca a sensação de “noite mal dormida”, pois a pessoa não consegue atingir os níveis saudáveis de sono.
E qual a relação entre a glicemia e o consumo de álcool? Quando não ingerimos carboidratos, o nosso organismo produz glicose através da quebra de lipídeos (gliconeogênese). Se a ingestão de álcool não for acompanhada pelo consumo de carboidratos que forneceriam energia ao corpo, o organismo deveria começar a produzir a glicose, mas isto não acontece. A explicação para isso é que, devido à toxidade do álcool, o organismo está “preocupado” em degradá-lo mais rapidamente que produzir energia. Ocorre então, a hipoglicemia, que pode levar à produção de corpos cetônicos, o que é mais grave que uma “simples” ressaca, pode levar ao coma. Mas... é esta hipoglicemia que causa os sintomas de cansaço e fraqueza. A dor de cabeça é causada pela diminuição da coagulação do sangue e desaceleração do fluxo sanguíneo no cérebro. Por causa disso, os vasos sanguíneos se dilatam, causando a dor de cabeça.
A irritação das células estomacais (gastrite alcóolica) por causa da secreção elevada de ácido clorídrico para a digestão do etanol é que provoca o vômito. Obviamente, a sensação não é nada boa, porém é positiva, pois livra o estômago do álcool, reduzindo as toxinas do organismo. Pode haver também diarreia e perda de apetite devido a este fator.
A fotossensibilidade, também um dos sintomas da ressaca (ou veisalgia), é devida à debilidade do sistema nervoso causada pela intoxicação do álcool. Há a excitação da retina, e ela se irrita com facilidade.
Vale ressaltar que a rapidez da absorção do álcool pelas mucosas intestinal e gástrica, pode alterar pela temperatura, presença de CO2 e de alimentos, portanto, se alimentar antes de beber é importante, além do fato de ter energia proveniente do alimento para ser gasta pelo organismo.

BÔNUS:

A parte séria da história: o alcoolismo

Além do coma alcóolico, citado no texto acima, há muitos outros fatos que devem ser levados a sério e repensados. Um deles é o alcoolismo. O álcool é uma droga responsável por um alto índice de alcoolismo, uma doença que certamente tem característica genética (estudos ainda estão sendo realizados para confirmar esta afirmação). Nos alcóolatras, o nível da enzima álcool desidrogenase aumentam muito rápido, diminuindo os efeitos intoxicantes do álcool. Consequentemente, os alcóolatras conseguem aturar um maior nível de etanol no sangue, que seria fatal a outras pessoas. A segunda parte da reação (formação do aldeído) é, assim como para todo mundo, o maior responsável pelos sintomas de mal-estar.
O alcoolismo traz consigo uma péssima alimentação, o que piora ainda mais a situação, visto que como afirma Campbell e Farrell (2008), o álcool é uma fonte vazia de calorias.

Fontes:
CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S. O; Bioquímica. Thomson: 2008, v.3, 5.ed.
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sábado, 20 de julho de 2013


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Biomédico não é uma pessoa normal



A foto do sanduíche é só para despertar uma euforia dos Ascaris lumbricoides (vulgo lombriga) dentro de vocês hahahaha 
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segunda-feira, 15 de julho de 2013


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Feliz Dia dos Homens


O Biomedicina em Ação parabeniza os grandes homens que escolheram dedicar sua vida à ciência!

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sexta-feira, 12 de julho de 2013


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Ciências sem Fronteiras - Universidade Capenga

Vale a pena conferir o novo vídeo do canal Universidade Capenga no youtube, apresentado pelo Sérgio, aluno do CsF. O vídeo fala sobre o assunto, e mostra ainda como é o intercâmbio em uma universidade na Espanha.



Aqui no blog você pode conferir também uma entrevista com o Jonatam Crispim (autor aqui do Biomedicina em Ação), que foi aluno também do programa e fez seu intercâmbio na Finlândia. É só clicar aqui!
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quinta-feira, 11 de julho de 2013


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Biomédicos em Ação - UNIP/GO

Foto enviada por Tayson Mylon


3° período de Biomedicina - Universidade Paulista - UNIP. Goiânia - GO, Laboratório de Citologia. (Na foto: Tayson Maylon).

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A saúde comemora aprovação do Ato Médico, com vetos da presidente Dilma


Hoje (11 de julho) a presidente Dilma disse SIM À SAÚDE. A lei que regulamenta a profissão do médico, o chamado Ato Médico, foi sancionada, trazendo beneficiando a classe médica sem prejudicar outros profissionais da saúde. Isso porque alguns artigos foram vetados, o que torna este um momento de comemoração não só dos médicos, mas de todos os profissionais.
Entenda abaixo o que foi aprovado, o que a presidente vetou, e o motivo pelo qual biomédicos podem comemorar.

De acordo com o Diário Oficial da União, publicado hoje, foram mantidos os três primeiros artigos. O Art. 4º, que dispõe sobre as atividades privativas do médico (motivo de polêmica, e com razão), sofreu vetos da presidente:
I – formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica; (VETADO) [...]
VIII – indicação do uso de órteses e próteses, exceto as órteses de uso temporário; (VETADO)
IX – prescrição de órteses e próteses oftalmológicas; (VETADO)
O §2º foi também vetado, e dizia o seguinte: “Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva.”. Entende-se com este parágrafo, que apenas estas atividades não são privativas dos médicos, e para maior clareza, ele foi retirado, não restringindo, portanto, a atuação dos outros profissionais.
Para os biomédicos, o § 4º que tratava dos procedimentos invasivos e suas caracterizações era o mais polêmico. No entanto, entende-se que com os vetos realizados, as habilitações de acupuntura e estética estão preservadas pelo seguinte:
I – invasão da epiderme e derme com o uso de produtos químicos ou abrasivos; (VETADO)
II – invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção, sucção, punção, insuflação, drenagem, instilação ou enxertia, com ou sem o uso de agentes químicos ou físicos; (VETADO)
III – invasão dos orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos. (MANTIDO)
Pelo exposto, entende-se que os vetos foram necessários nos pontos onde se caracterizavam os procedimentos invasivos referentes à acupuntura e estética, mantendo o inciso III, que já era de competência do médico. É válida aqui uma comparação com o que foi mantido no Art 4º, inciso III, referente a procedimentos terapêuticos e estéticos, que novamente voltam-se à acupuntura e biomedicina estética: “indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias;” (MANTIDO). Aqui, entende-se pelo veto do § 4º que ainda assim tais habilitações foram preservadas, visto que SOMENTE os procedimentos invasivos que atinjam os órgãos internos são privativos do médico, como exemplo de procedimento estético, as cirurgias plásticas.
Outro veto sensato da presidente Dilma é o que aparece no primeiro ponto do Art. 5º do projeto, que restringia o acesso a cargos de direção e chefia de serviços médicos apenas aos médicos, impedindo que eles fossem assumidos por outros profissionais da saúde.


Sendo assim, vamos comemorar! Parabenizamos os médicos pela conquista da regularização da profissão, e desejamos que isto seja o estopim de uma nova era na saúde brasileira. Desejamos também, que num futuro muito próximo todos da equipe de saúde possam se respeitar e se ajudar, como deveria ser. Parabenizamos principalmente a todos que lutaram para que estes pontos fossem vetados. A união de todas as classes de profissionais da área da saúde venceu, mas que fique claro, é só um começo, mas que podemos aplaudir de pé.

Informe-se mais:
Link do Diário Oficial da União: Clique aqui
Bem-Estar: Clique aqui
Correio Braziliense: Clique aqui 
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