O ebola é um vírus da família dos filovírus que
surgiu às margens do Rio Ebola, no Zaire (África). É um vírus intracelular
obrigatório e tem sua replicação dada por RNA. Quando a maioria dos vírus invade uma célula, eles começam a criar RNA para
replicação. A célula hospedeira, percebendo a invasão, começa a ativar defesas
antivirais para a replicação parar, ajudando o corpo a se livrar da infecção. Até então, tudo bem só que o vírus ebola mascara a
replicação do RNA, fazendo com que a célula hospedeira não reconheça o intruso.
Uma das razões pela qual a cepa do vírus proveniente do Zaire é tão mortal é
que as células do hospedeiro não dão resposta imunológica quanto é invadida.
Isso se dá através de uma proteína que o vírus possui chamada de VP35 não infecciosa,
ela é responsável por toda essa “inativação imunológica” que ocorre numa célula
infectada. Seu poder de replicação é muito rápido, por isso após a pessoa
apresentar os sintomas morre em questão de dias.
O vírus
é transmitido por sangue e secreções (suor, lágrima, saliva), ou seja, contato
direto com o paciente. O vírus NÃO É TRANSMITIDO PELO AR, e é muito pouco
provável que ele sofra uma mutação para que seja transmitido dessa maneira. Ao
entrar em contato com o Vírus o organismo leva até 21 dias para manifestar os
sintomas, durante esse tempo o vírus está em estado de latência se propagando
silenciosamente (NESSE MOMENTO O PACIENTE NÃO É INFECTANTE), quando se dá o
primeiro sintoma ele já está num estado avançado onde o sistema imunológico já
não é eficaz (NO PRIMEIRO SINTOMA O PACIENTE SE TORNA INFECTANTE).
Os
sintomas são classificados em três momentos. Primeiro momento causando febre,
tosse, dores de cabeça e dores musculares, perda de apetite. Num segundo
momento, ocorrem vômitos negros, diarreias, dores abdominais, inflamação na
garganta e dores no peito. Por último, a doença atinge o estágio de hemorragia
generalizada, causando sangramento dos órgãos internos, pele, nariz e boca.
A
prevenção se da através de histórico clinico, se o paciente teve contato com
alguém supostamente infectado ou esteve nas zonas de contaminação. O principal
é não ter contato com alguém infectado.
O
diagnóstico é através de PCR (reação em cadeia de Polimerase), para agilizar o
diagnostico foram adquiridos no Brasil primerings para que seja feito em tempo
real que inclusive, além de ser mais rápido, serve para monitorar o paciente
porque mede a carga viral quantitativa, se está diminuindo ou aumentando.
Resultado em até 4h.
Não há
tratamento especifico para o Ebola, há um medicamento em teste que o ZMapp que
já foi usado em 2 Americanos e curou 100% a doença e também curou 18 macacos
porém, ainda se encontra em testes. O medicamento consiste na combinação de
anticorpos monoclonais, ou seja, gerado pela clonagem de uma única célula sendo
ela um linfócito B (único capaz de produzir anticorpo), esses anticorpos além
de serem clonados são imortalizados e introduzidos através de um soro no
organismo onde produz sempre o mesmo anticorpo contra o agente patogênico,
nesse caso o Ebola.
Autor: Raphael Rangel
Universidade Castelo Branco
Saudações Biomédicas.
Att, Biomedicina da Depressão
Rio de Janeiro, 10/10/14