Mais uma vez, os
alunos do estágio do curso de Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP, de
Jundiá, interior de São Paulo, vieram aqui para o blog! O pedido foi em dose
dupla, da Gabriela Fantini é aula do último ano e supervisor do estágio, a
biomédica Neu Rocha. E assim como o “outubro rosa”, a conscientização da
prevenção do câncer de próstata é muito importante! Os alunos fizeram fotos
sobre o tema, e claro, estão aqui no Biomedicina em Ação!
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Mayara: Me formei em
2011, no Centro Universitário Lusíada – UNILUS em Santos/SP.
2.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Como começou a paixão pela
Biomedicina e o que mais lhe chamou atenção no curso?
Mayara: Meu interesse na
biomedicina surgiu com a ideia de atuar em pesquisa, por isso, logo no primeiro
ano de faculdade iniciei minha iniciação científica na UNIFESP. Após dois anos de pesquisa na área de hepatologia
desisti de continuar, pois a IC estava me conduzindo para a área acadêmica, mas
não era isso que eu queria na época. Decidi que eu precisava adquirir experiência,
então comecei a procurar, e consegui um estágio em análises clínicas. Depois do estágio eu pude ter certeza que não queria
trabalhar em hospitais e que eu precisava sair da minha zona de conforto para
obter sucesso, diferencial e etc. Foi assim que surgiu a Micro de Alimentos.
3.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Quais características você
acredita serem essenciais para um bom biomédico?
Mayara: O biomédico deve
gostar do que faz, se adaptar a rotina, ser capaz de trabalhar com uma equipe
pequena ou sozinho. A profissão não é muito valorizada, principalmente
financeiramente, por isso, é essencial que o profissional busque diferenciação
e ame o que faz.
4.
BIOMEDICINA EM AÇÃO: Você é pós-graduada em
Microbiologia de Alimentos e Gestão da Segurança de Alimentos. Como e quando se
interessou pela área? Onde fez sua especialização?
Mayara: Eu comecei a me
interessar por essa área no último ano de faculdade, nas aulas de Bromatologia.
Mas como não é o foco do curso, precisei procurar uma formação complementar e
me especializar na área. Fiz minha especialização em São Paulo, na SBM –
Sociedade Brasileira de Microbiologia. No final das contas foi a melhor coisa que eu fiz,
me capacitei e hoje atuo em um segmento incomum e promissor para o biomédico.
5. BIOMEDICINA EM AÇÃO: A maioria dos biomédicos que se
formam, atuam em análises clínicas. O que você acha desse grande leque de
oportunidades além do laboratório clínico, e quais dificuldades você encontrou
para se inserir nesse mercado?
Mayara: Eu acho que
existem muitas possibilidades além da área de análises clínicas, mas é
essencial que o profissional escolha a área de atuação considerando vários
aspectos, como paixão, identificação, retorno financeiro e crescimento
profissional. Também é importante considerar a empresa, pois o desenvolvimento
e reconhecimento profissional dependem e variam muito de empresa para empresa. Não
encontrei muitas dificuldades para me inserir nesse mercado, acredito que
oportunidades surgem para quem acredita e corre atrás.
6. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Quais atribuições o biomédico
deve ter para seguir a área de Microbiologia de Alimentos?
Mayara: Para atuar nessa
área é necessário procurar um estágio durante a faculdade ou um curso de
especialização.
7. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Onde
o biomédico habilitado em Microbiologia e Alimentos pode atuar?
Mayara: Esse
profissional pode atuar em laboratório de análise, em empresas, fábricas e consultorias
na área.
8. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Como está o mercado para o
biomédico nesta área e com quais outros
profissionais de trabalha?
Mayara: O campo é
limitado, como em diversas outras áreas, por isso é essencial ter, além de um
bom currículo, experiência (estágios, trainees). Nessa área trabalhamos e
concorremos com biólogos, nutricionistas, farmacêuticos, técnicos em alimentos
ou nutrição, engenheiros de alimentos, entre outros.
9. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Dizem que a Biomedicina é a
profissão do futuro. O que você acha disso?
Mudaria alguma coisa para melhorar a nossa área?
Mayara: Acredito que
sim, mas a biomedicina precisa ser mais valorizada pelo mercado e melhor explorada
pelo próprio profissional. Se nos especializarmos, podemos atuar em diversas
frentes e dominar o mundo. Brincadeiras a parte, o Biomédico não é capacitado
somente em análises clínicas, ele precisa focar em habilitações que
possibilitem ser um diferencial, que sejam inovadora e tragam o retorno
esperado.
10. BIOMEDICINA EM AÇÃO: Qual a sua dica para quem está
começando na Biomedicina?
Mayara: O Biomédico tem
uma ampla área de atuação (https://crbm1.gov.br/habilitacao). Minha dica é
buscar uma área diferenciada e investir nela.
PERGUNTA DO LEITOR Felipe Trisotto: O biomédico bromatologista pode
atuar no desenvolvimento e análises bromatológicas em nutrição animal?
Mayara: Pode, mas isso
pode variar entre as empresas.
Considerações
finais:
Gostaria de agradecer a
oportunidade de escrever no blog. Minha intenção é compartilhar conhecimento e
minha experiência na área de alimentos. Quero também me colocar à disposição
para esclarecer dúvidas e questionamentos.
Obrigada!
Mayara Reis
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Estão
abertas inscrições para o Concurso Público da Agência Paulista de Tecnologia
dos Agronegócios (APTA), APTA – SP l Edital 002/2017, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, para pesquisador científico nível I. Serão 33 vagas para
áreas como agronomia, zootecnia, medicina veterinária, e (estamos muito
felizes por isso) biomédicos.
As
inscrições poderão ser feitas até 7 de dezembro de 2017, das 10h às 16h (exceto
sábado, domingos e feriados) em Campinas e em São Paulo. A taxa de inscrição é
de R$ 87,73 e o salário é de R$ 4.173,85. O edital (CPRTI 02/2017) pode ser
acessado clicando aqui.
O
processo será composto por prova dissertativa em duas partes: uma sobre
conhecimentos básicos no campo da agricultura, zootecnia e alimentos; e outra
sobre conhecimentos específicos, de acordo com a área de especialização do
candidato. Além disso, haverá prova de arguição oral e avaliação de títulos.
Para
maiores informações, acesse o site: http://www.apta.sp.gov.br
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
A Gabriela Fantini é aula do último ano
do curso de Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP, de Jundiá, no interior
de São Paulo. Ela entrou em contato conosco para divulgar as fotos que a turma
fez sobre o outubro rosa, como forma de conscientização da prevenção do câncer
de mama. E é claro, como a conscientização deve ser todos os dias, não importa se é outubro ou não, eles vieram parar aqui no “Biomédicos em Ação”!
Bacana né?! Quer participar do blog?
Faça como a Gabriela, envie também a sua foto! Saiba mais clicando aqui.
domingo, 5 de novembro de 2017
As ferramentas da qualidade são essenciais para qualquer
empresa que tenha como objetivo o crescimento e competitividade no mercado.
Como consequência da implementação de um sistema da
qualidade e suas ferramentas, as empresas tendem a reduzir perdas, reanálises e
retrabalhos; potencializar e otimizar processos e procedimentos; identificar
falhas e oportunidades de melhoria; agilizar resultados; aumentar os lucros e
obter satisfação dos clientes.
A preocupação com a qualidade dos processos
de gestão laboratorial tem aumentado a cada dia. Foram desenvolvidos programas
de avaliação e certificação da qualidade que conferem ao laboratório um
certificado do nível de qualidade dos serviços prestados de acordo com a
avaliação recebida.
Juntamente com a evolução da gestão da
qualidade nesse segmento, as empresas viram a necessidade de adotar métodos e
ferramentas para dar suporte no gerenciamento da qualidade. As ferramentas
clássicas têm como objetivo auxiliar e apoiar na tomada de decisões para a
resolução de problemas ou para melhoraria dos processos e serviços prestados.
Em laboratórios, a produtividade traduz-se na
prática da qualidade nas etapas de recebimento e cadastro das amostras, preparo
da amostra, análise e liberação do resultado, de modo que seja atrativo do
ponto de vista econômico, de satisfação para o cliente, com a diminuição de
tempo de liberação dos resultados e reanálises, levando a um aumento da
competitividade.
A abordagem sistematizada de problemas é um ponto
importantes de um programa da qualidade. Diversas ferramentas foram
desenvolvidas com a finalidade de auxiliar o profissional a compreender os problemas
que ocorrem em seu dia a dia e a encontrar soluções adequadas para os mesmos. Permitem
antecipar falhas, de modo a planejar, atribuir ações corretivas e preventivas
ao longo do processo, diminuindo a variabilidade, promovendo também a
diminuição dos custos associados à reanálises, erros cometidos e atrasos,
promovendo um ciclo de melhoria contínua.
Ter informações exatas sobre o que está
ocorrendo modifica a forma de atacar os problemas, ao invés de buscar soluções
por tentativa e erro, pode-se analisar a questão de forma organizada e projetar
uma solução adequada.
A escolha de qual ferramenta utilizar depende
do problema a ser analisado, das circunstâncias que serão aplicadas, das
informações obtidas e do conhecimento do processo avaliado. As ferramentas
podem ser usadas isoladamente, mas, normalmente, são utilizadas em conjunto,
uma complementando a outra, potencializando assim os resultados obtidos. O uso
dessas ferramentas tem como objetivo a clareza no trabalho e principalmente a
tomada de decisão com base em fatos e dados, ao invés de opiniões, utilizando
técnicas específicas e gráficas que produzem melhores resultados do que os
processos não estruturados.
A sua aplicação em laboratórios visa melhorar processos
de forma geral, desde a fase pré-analítica, analítica até a pós-analítica. As
ferramentas, quando utilizadas em conjunto, atuam em diversas frentes, buscando
essencialmente diminuir as perdas relativas a reanálises, retrabalhos e
desperdícios de materiais, insumos e reagentes; otimizar processos, agilizando
tempo de coleta e segregação das amostras, bem como análise e processamento dos
dados e resultados obtidos, garantindo rapidez na emissão dos laudos, com
confiabilidade e competitividade frente as empresas concorrentes.
Fluxograma, Brainstorming, 5s, Kaizen, Gráfico de
controle, Diagrama de causa e efeito, 5W2H, Ciclo PDCA, Diagrama de pareto e Folha
de Verificação são alguns exemplos de ferramentas da qualidade que podem ser
aplicadas em laboratórios.
REFERÊNCIAS
DA GRAÇA BECKER, Maria; SELOW, Marcela Lima Cardoso;
TONIOLO, Rucieli Maria Moreira. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS
CLÍNICOS. Revista Dom Acadêmico, v. 1, n. 1, 2017.
LUCIETTO, Deoclides et al. Ferramentas da Qualidade. Simpósio Científico de Graduação e
Pós-Graduação, 2011.
MARTELLI, Anderson. Gestão da qualidade em laboratórios de
análises clínicas. Journal of Health Sciences, 2015.
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