A identificação presuntiva de bacilos gram
negativos como Escherichia, Shigella,
Samonella, Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Klebsiella, Hafnia,
Pantoea, Morganella, Providencia, Yersinia, pode ser facilitada manualmente
por uma série bioquímica simples. Esta série pode ser uma associação de três
meios: EPM, MILI e CITRATO.
· Meio Citrato: o princípio do teste é determinar a capacidade do microrganismo
de utilizar o citrato de sódio como única fonte de carbono para seu metabolismo
e crescimento. A produção da cor azul após 24 horas de incubação à 35ºC +/- 2ºC
indica a presença de produtos alcalinos e positivo para utilização do citrato.
· Meio EPM: o aparecimento de bolhas ou o deslocamento do meio de cultura do
fundo do tubo indica a produção de gás, e determina a capacidade de produção de
CO2 a partir da fermentação da glicose. O enegrecimento do meio em
qualquer intensidade indica a produção de H2S, e determina a
produção de íons S-2 a partir do metabolismo bacteriano. O aparecimento da cor
azul ou verde azulada (reação fraca) que se estende para a base do meio,
envolvendo-a totalmente ou não, determinando a capacidade do microrganismo de
utilizar a ureia, formando duas moléculas de amônia pela ação da enzima uréase.
O aparecimento da cor verde na superfície indica a desaminação do triptofano, e
a fermentação da glicose é indicada também pela cor amarela na base do tubo.
· Meio MILI: determina a motilidade, a descarboxilação da lisina e a produção
de indol. A bactéria móvel cresce além da linha de picada. A imóvel somente
nesta linha. O teste visa verificar se a bactéria é móvel ou imóvel, o que
ajuda a diferenciar alguns gêneros. Determina-se a capacidade de
descarboxilação da lisina pela cor do meio. Quando o meio adquire uma cor
amarelada, indica que o aminoácido não é utilizado e não á ação da enzima
lisina descaboxilase. Quando o meio atinge uma cor púrpura acentuada ou
discreta, a lisina é descaboxilada. Para a determinação da produção de indol,
adiciona-se 3 gotas de reativo de Kovacs à superfície do meio e agita-se
levemente. Quando a bactéria produz indol, o reativo adquire cor rosa ou
vermelha. Quando não produz, o reativo mantém sua cor inalterada. É um dos
produtos de degradação do metabolismo do triptofano, este quando quebrado,
indol, ácido pirúvico e amônia são produzidos.
É
importante lembrar que a utilização de outros meios também é válida, como TSI e
Meio IAL.
Indicação
de bibliografia para análise e identificação:
Livro: Oplustil,
Carmem Paz, et al. Procedimentos básicos em microbiologia clínica. 3 ed. São
Paulo : SAVIER, 2010.
Apostila: Brasil.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia Clinica para o Controle
de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde. Modulo 6 : Detecção e identificação
de bactérias de importância medica /Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.– Brasília: Anvisa, 2013.
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