Um
grande problema e preocupação dos microbiologistas é a resistência bacteriana,
como o S. aureus MRSA (ou ORSA, S. aureus resistente a oxacilina), que
atualmente é resistente à maioria dos antibióticos. Dentre as causas que levam
à resistência está a prescrição inadequada e o mau uso dos antibióticos também
pelo paciente. A última classe de antibióticos foi descrita em 1987, e até a
última quarta-feira (07/01/2015), havia um vácuo na evolução e desenvolvimento
de antibióticos diante à grande evolução das bactérias.
Um grupo de cientistas dos Estados Unidos descobriu uma molécula chamada teixobactina, produzida por uma bactéria do solo, a Elephteria terrae. O estudo foi realizado em camundongos, e como publicado na revista Nature, os resultados são bons: houve eficácia do antibiótico e não desenvolvimento de resistência.
Entenda
como o estudo foi realizado no esquema abaixo, da Folha de São Paulo:
A
teixobactina reage na produção de lipídeos pelas bactérias, o que afeta a sua
parede celular. Esta mesma característica é encontrada na vancomicina,
entretanto após 30 anos do início do seu uso, bactérias resistentes como os VRE
(Enterococos resistentes a vancomicina) apareceram.
A
OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou uma crise global diante a grande
resistência bacteriana, sobretudo algumas bactérias responsáveis pela
tuberculose, que são resistentes a todas as classes de antibióticos. Sendo assim,
a implantação de novas classes se faz extremamente necessária e urgente.
Os
cientistas do estudo com a teixobactina esperam que em 10 anos o antibiótico
possa estar disponível, e que os estudos em humanos sejam tão eficazes quanto
em camundongos.
Fontes:
CDC
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