A
multidisciplinaridade é muito interessante. Poder unir diferentes tipos de
conhecimento, diferentes visões do mesmo problema, e juntos chegar a um senso
comum e a um resultado melhor. É assim que deveria ser, principalmente na área
da saúde, e é isso que buscamos constantemente. Poder contribuir com
conhecimento e trocar experiências para ajudar a um paciente, é incrível!
Infelizmente,
nem sempre as coisas são assim. Há sempre uma concorrência desnecessária e nada
saudável entre profissionais, e hoje, viemos tentar descontruir a briga entre
farmacêuticos e biomédicos!
Por
isso, o Biomedicina em Ação recebe hoje uma farmacêutica, a Thamires Santos, para
contar a nós o lado de lá: como os farmacêuticos enxergam o biomédico?
Na
convivência por quatro anos com os alunos de biomedicina estudando algumas
matérias clinicas junto, pude observar a ‘’briga’’ das duas classes de forma
oculta porém, existente.
Em
sala de aula a convivência com os alunos era bem distante, cada um para o seu
lado, a distância e destaque dos alunos nas matérias clínicas criou-se uma
barreira (pelos alunos de farmácia) e a tal ‘’briga’’, antes mesmo da formação
dos profissionais.
Partindo para o ponto de vista profissional os
farmacêuticos tem uma visão de superioridade em relação aos biomédicos, um
desses motivos está diretamente relacionada com as áreas de atuação do
profissional farmacêutico que é bem ampliada e um segundo seria por poderem
atuar em uma mesma função.
Trazendo
para a minha realidade hoje, vejo que essa atitude entre as profissões não faz
o maior sentido. Claro que vivemos em um mundo de competitividade onde o melhor
é o que vence, porém não é criando inimizades nem desfazendo das pessoas que
conseguiremos obter êxito na vida tanto profissional como pessoal.
A
lição que tiramos disso é que se essa ‘’briga’’ não existisse uma classe teria
ajudado a outra nas suas dificuldades, as duas estariam em destaque e hoje
formados estaríamos nos relacionado melhor profissionalmente e adquirindo
experiências, afinal ninguém faz nada sozinho.
O
orgulho muitas vezes nos leva a erros drásticos. Eliminar isso da vida é uma
dadiva. A área da saúde necessita de união e amor para assim desenvolver um
trabalho digno.
Observe
e faça sempre a melhor escolha.
Pense
nisso!
(*) As informações contidas no texto são opinião da autora.
Nos últimos dias, têm se falado muito
sobre a inclusão do biomédico nos programas de Atenção à Saúde (ESF/NASF) e nas
práticas integrativas e complementares. Trata-se de uma proposta legislativa do
biomédico Jeferson M. Gomes que todos podem ter acesso no site do Senado
Federal.
A proposta é para que o biomédico seja
parte da equipe de Atenção à Saúde, visto que nossa ampla área de atuação pode
ser muito importante na melhoria da saúde pública do Brasil. O texto ainda
explica que “uma das principais funções do biomédico a saúde pública é a
prevenção das doenças, pois realiza exames preventivos nas campanhas de saúde
evitando que doenças se instalem na comunidade. Assim, a contribuição funcional
do biomédico inclui a prevenção e promoção da saúde por meio de educação
sanitária, coleta e armazenamento de material biológico para análise
laboratorial e pesquisa de possíveis agentes etiológicos de maior incidência a
comunidade em que está inserido a Estratégia de Saúde da Família (ESF).”
Apoie esta ideia! Clique aqui, leia na
íntegra a proposta e assine! É muito simples, rápido e qualquer pessoa pode
votar.
Compartilhe para que todos saibam a
importância dessa proposta para a saúde pública.
A Ana Paula Martins enviou a nós uma foto
em que ela, junto com a sua turma de Biomedicina da FIT/UNAMA, visitaram o
Laboratório de Anatomia da UEPA. Segundo ela “foi uma experiência incrível” e
ela quis eternizar esse momento através do Biomedicina em Ação!
Bacana né?! Quer participar do blog? Faça
como a Ana Paula, envie também a sua foto! Saiba mais
clicando aqui.
O Biomedicina em Ação sempre abriu espaço
para troca de experiências, e para que todos possam interagir com nossos
leitores. Por isso, recebemos um e-mail do Danilo, aluno de graduação da Unip,
Campus Assis. Ele escreveu sobre um assunto de grande importância,
principalmente agora em novembro: o câncer de próstata. Confira o texto:
“Segundo o INCA (Portal Nacional de
Câncer) no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os
homens.
A próstata é um órgão que faz parte do aparelho reprodutor
masculino e sua principal função é produzir parte do líquido que forma o sêmen.
O principal fator de risco para o câncer da próstata é a idade e o histórico
familiar.
Existe tratamento e acompanhamento para tratar e evitar o
câncer de próstata.
Os Biomédicos que atuam em Laboratórios de Análises
Clínicas dosam uma proteína chamada Antígeno Prostático Específico (PSA) que é
realizado através da coleta de sangue venosa para saber se existe uma alteração
evidenciando um câncer de próstata assintomático.
É importante que o paciente siga as instruções de pré
coleta 3 (três) dias antes da realização do exame, para evitar que afaste o
diagnóstico precoce da doença.
Em caso de dúvidas procure o seu médico, o
diagnóstico precoce preserva o seu futuro.”
Danilo Leônidas Ferreira da Silva, Acadêmico de Biomedicina
pela Universidade Paulista - UNIP Assis
Já imaginou usar a microbiologia na confecção do jeans? E
mais, de uma forma sustentável que possa minimizar os resíduos tóxicos e os
gastos associados a eles.
O
jeans sempre foi muito popular, principalmente o jeans azul Denim, desde que
Levi Strauss e Jacob Davis, em 1873, produziram pela primeira vez para
mineradores de ouro da Califórnia. Hoje, o denim macio e desbotado é
produzido pelas empresas com auxílio de enzimas celulases, provenientes de um
fungo chamado Trichoderma.
As
celulases, como o próprio nome sugere, digerem parte da celulose do algodão e,
ao contrário de muitas reações químicas, essas enzimas atuam em temperaturas e
pHs seguros. Além disso, as enzimas são proteínas e, portanto, facilmente
degradadas para a remoção do esgoto industrial.
E
a produção de algodão também pode acontecer com menor impacto ambiental. Isso
porque existe uma bactéria chamada Gluconacetobacter
xylinus produz celulose ligando unidades de glicose em cadeias simples na
membrana externa da parede celular bacteriana. As microfibrilas de celulose são
expulsas através de poros na membrana externa, e feixes de microfibrilas se
entrelaçam, formando tiras.
Para
dar aquele efeito de desbotado, dá para usar o peróxido, que é um agente
branqueador mais seguro que o cloro e pode ser facilmente removido do tecido e
do esgoto industrial por enzimas. Os pesquisadores da Novo Nordisk Biotech clonaram
um gene de peroxidase de cogumelo em leveduras e cresceram as leveduras em
condições de máquina de lavar. As leveduras que sobreviveram foram selecionadas
como produtoras de peroxidase.
E
aquela tonalidade azul, forte, chamada índigo? Dá para fazer isso utilizando bactérias,
bem conhecidas por sinal. Biotecnologistas da Califórnia identificaram o gene da
Pseudomonas putida, uma bactéria do
solo, que converte o subproduto bacteriano indol em índigo. Esse gene foi
inserido na bactéria Escherichia coli,
que, por sua vez, se tornou azul e produzem índigo a partir do triptofano.
Ah,
e dá para fazer até o zíper usando os nossos amigos microrganismos. Cerca de 25
bactérias produzem grânulos de inclusão de poli-hidroxialcanoato (PHA) como
reserva alimentar. Os PHAs são similares aos plásticos comuns, e por serem
produzidos por bactérias, eles também são prontamente degradados por muitas
bactérias. Os PHAs podem representar um material biodegradável alternativo para
substituir o plástico convencional, feito a partir de petróleo e ser usado na
produção dos zíperes!
Incrível
né? A biotecnologia utilizando os microrganismos a nosso favor, sem prejudicar
o meio onde vivemos!
Fonte: Tortora,
G. J. Microbiologia. 12 ed. Artmed. 2016.
Nos
dias 9, 10 e 11 de novembro, acontecerá em Alfenas - MG, o IX Congresso de
Biomedicina e VI Jornada de Análises Clínicas, realizado pela Liga de Citologia
Clínica (LCC) da Unifenas. A programação está recheada de palestras, workshop e
minicurso.
Para
maiores informações, entre em contato com a LCC pelo facebook, clicando aqui.
Hoje
vamos de fisiologia! E nada mais justo do que falar sobre um evento de suma
importância para a nossa sobrevivência: o ciclo cardíaco.
O
coração é um órgão relativamente pequeno, mas de grande importância para a
manutenção de funções vitais do organismo. Considerado uma “bomba”, que ao se
contrair “bombeia” o sangue para a periferia, e ao relaxar se enche novamente
de volume. Tem como função básica garantir que o sangue chegue aos tecidos
periféricos e o aporte sanguíneo para os alvéolos de modo a permitir a troca
gasosa.
Anatomicamente,
encontra-se apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade
torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna
vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de
massa cardíaca ficam à esquerda da linha média do corpo. A extremidade pontuda
do coração é o ápice, dirigida
para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração,
oposta ao ápice, é a base,
dirigida para trás, para cima e para a direita.
O
coração possui quatro câmaras: dois átrios
e dois ventrículos.
Átrio
direito: sangue rico em dióxido de carbono – venoso – por meio das veias cava
superior, inferior e seio coronário.
Átrio
esquerdo: sangue oxigenado, por meio de quatro veias pulmonares.
-> Ventrículos (câmaras inferiores): bombeiam o sangue para fora do
coração.
Ventrículo
direito: recebe o sangue vindo do átrio direito e expulsa o sangue por meio da
artéria pulmonar para os pulmões.
Ventrículo
esquerdo: recebe o sangue oxigenado do átrio esquerdo e expulsa para a circulação
sistêmica do corpo.
CICLO
CARDÍACO
É
denominado Ciclo Cardíaco o conjunto de eventos que ocorre entre o início de um
batimento cardíaco e início de um próximo. Cada ciclo tem início quando é
gerado um potencial de ação espontâneo no nodo sinusal, localizado na parede
superior do átrio direito, próximo da abertura da veia cava superior. Este
potencial de ação se propaga do átrio direito até os ventrículos de tal forma
que ocorre um atraso de cerca de 0,1 segundo a passagem desse impulso dos
átrios para os ventrículos permitindo que os átrios se contraiam antes, colaborando
com o enchimento ventricular antes da sua contração. Isso faz com que tenhamos
um fluxo sanguíneo coerente, se não fosse assim, o sangue iria para qualquer
lado.
O ciclo
consiste então no período de relaxamento (DIÁSTOLE), momento no qual o coração
se enche de sangue. Logo após ocorre o período de contração (SÍSTOLE). A
duração total do ciclo cardíaco é a recíproca da frequência cardíaca, como por
exemplo, se a frequência cardíaca é de 72 batimentos/min, a duração do ciclo é
de 1/72 batimentos/min.
Normalmente,
o sangue flui de forma contínua, vindo das grandes veias para os átrios, e a
maior parte do sangue que entra (cerca de 80%) flui diretamente para os
ventrículos, mesmo antes da contração atrial, devido à diferença de pressão
entre as câmaras que faz com que haja a abertura das valvas atrioventriculares.
Sendo assim, os 20% do sangue que resta vai para os ventrículos através da
contração (sístole atrial). A complementação do enchimento é importante para
que haja melhoria da eficácia do bombeamento ventricular.
O
período de enchimento rápido é o primeiro terço da diástole ventricular. Ele
ocorre porque durante a contração (sístole) ventricular, grande quantidade de
sangue se acumula nos átrios direito e esquerdo, uma vez que as valvas
atrioventriculares estão fechadas. Assim que a sístole dos ventrículos termina,
as pressões ventriculares retornam aos baixos valores diastólicos, as pressões
moderadamente altas que se desenvolveram nos átrios durante a sístole
ventricular forçam de imediato as valvas atrioventriculares a se abrirem, e o
sangue então vai dos átrios para os ventrículos. Como já dito, somente cerca de
20% do sangue chega aos ventrículos através da contração (sístole) dos átrios.
Começa
então a contração isovolumétrica dos ventrículos, aumentando a pressão interna
dessas câmaras e promovendo o fechamento das valvas atrioventriculares. Quando
a pressão dentro do ventrículo esquerdo atinge um pouco mais que 80 mmHg (e a
pressão do ventrículo direito, pouco mais que 8 mmHg), as valvas semilunares (aórtica
e pulmonar) são forçadas a abrir. O sangue começa então a ser lançado para as
artérias.
Assim,
depois que o sangue é lançado para as artérias, inicia-se de imediato o
relaxamento isovolumétrico dos ventrículos, diminuindo a pressão dentro dos
mesmos. Diferente disso, as artérias estão recebendo grande pressão, e isso acaba
causando o fechamento das valvas aórticas e pulmonar. Nesse momento, a pressão
intraventricular diminui e as valvas atrioventriculares se abrem para receber
mais sangue.
E aí...
o ciclo recomeça!
Por hoje
é só! Mas fique de olho no blog, porque ainda teremos aqui uma complementação
deste assunto. Nos próximos dias falaremos sobre pequena e grande circulação, a
função das valvas atrioventriculares e semilunares, e as bulhas cardíacas.
Bibliografia:
Hall, John E. (John Edward), 1946 –
Tratado de Fisiologia Médica [recurso eletrônico] / John E. Hall; [tradução
Alcides Marinho Junior – et al.]. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2011.
Como sempre, vai um vídeo super bacana para ajudar na compreensão!
Que tal uma festa de Halloween com
bolos muito inusitados? Desconfio até que, para biomédicos e todo o pessoa da
área da saúde, esses bolos acabam não dando medo nenhum e são demais!!!
Os bolos são obras primas de Yolanda
Gampp, que tem um canal no Youtube (How to cake It) ensinando a fazer bolos um tanto quanto inusitados.
Dá só uma olhada!
Esta
semana, a Associação Brasileira de Biomedicina Estética – ABBME (SBBME),
divulgou uma nota de esclarecimento a respeito do pedido de anulação das Resoluções
CFBM ns. 197/2011, 200/2011 e 214/2012, que dispõem sobre a Biomedicina
Estética e requisitos para exercício destas atividades pelo biomédico.
Novamente,
o Conselho Federal de Medicina (CFM) tentando de alguma forma, monopolizar uma
área, que por direito concedido em lei, é também dos biomédicos. A decisão da Juíza
da 3ª Vara Federal do Distrito Federal é favorável ao CFM, colocando em risco a
atuação dos biomédicos.
Diante
ao exposto, o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) irá reunir-se nesta
terça-feira (11), às 15h, em Brasília, para tratar de assuntos referentes a
decisão judicial que limita a atuação do Biomédico no âmbito da Estética.
Leia
a nota de esclarecimento (clicando aqui), e inteire-se do assunto. E para quem
puder comparecer, o Conselho Federam de Biomedicina (CFBM), convida todos os
interessados a participarem.
Local: Setor Comercial Sul, Quadra 07, Bloco A, Sala 804.
Ed. Pátio Brasil - Brasília.