sexta-feira, 20 de novembro de 2015
domingo, 8 de novembro de 2015
Juntar várias áreas do conhecimento em
um único propósito: isso é pensar fora da caixa. É algo que sempre queremos
incentivar, e é exatamente isso que um grupo de estudantes dos cursos de
ciências biomédicas, biotecnologia, ciências sociais, física estatística,
química e arquitetura da Universidade de São Paulo (USP) fizeram. Essa união os
levaram ao Biomod, uma competição de design biomolecular da Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos. A equipe volta ao Brasil com 3 prêmios: Bronze
Project Award, o terceiro lugar no Audience Favorite e o prêmio de melhor
Design da Camiseta. O Biomod foi criado em 2011, e sempre
reuniu alunos de graduação do Japão, Dinamarca, Austrália e China. Esse ano, a
equipe da USP foi a primeira da América Latina a participar da competição que
traz desde nano robôs à computadores moleculares.
Para alcançarem a competição, além de
muita pesquisa e persistência, o Team Protomatos realizou um financiamento
coletivo (assim como a postagem abaixo da neurocientista Suzana Herculano) e
conseguiram arrecadar quase R$ 17 mil reais. No site do financiamento, os
alunos enviariam aos doadores, colares, chaveiros e cadernos em troca ao
incentivo financeiro.
O projeto da equipe da USP visava utilizar
a tecnologia de DNA Origami.
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Octaedro de DNA. Imagem Dr. Cassio Alves (Catarse) |
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DNA Origami consiste na “dobradura” do DNA para
criar formatos bi e tridimensionais na escala nano. Esta tecnologia foi a matéria de capa da Nature em
16 de março de 2006. Desde então, o DNA origami progrediu desde uma forma
artística de design molecular para diversas aplicações práticas, como sistemas
de drug-delivery (entrega localizada de fármacos ) ou circuitaria de
dispositivos plasmônicos. A maioria dessas aplicações, contudo, permanece como
conceito ou em fase de testes.”
A ideia é melhorar o design de
nanocages (caixas nanoméricas) em formato de octaedro, criadas a partir de
trechos de DNA e alocar dentro delas vias metabólicas para testar a viabilidade
de uma produção biotecnológica mais acessível e de baixo impacto ambiental. Como
cada via metabólica utiliza enzimas em quantidades e tamanhos diversos, o grupo
adotou um software desenvolvido pelo pesquisador Cássio Alves durante seu
doutorado no Instituto de Física da USP para calcular as estruturas ideais
dessas “caixas” de DNA sintético.
Fontes:
terça-feira, 3 de novembro de 2015
É notável que a ciência brasileira
caminha a passos lentos, sem incentivo e investimento financeiro. Em uma
entrevista para um canal de ciência do youtube, a neurocientista Suzana
Heculano-Houzel já havia dito sobre o não repasse de verba do Governo para a
sua pesquisa e que, portanto, houve a necessidade de arcar com algumas
dispensas com dinheiro do seu próprio bolso.
Suzana é uma das cientistas mais
importantes do país, defensora de várias causas que envolvem a ciência. Seu
grupo de pesquisa funciona há 11 anos no Laboratório de Neuroanatomia Comparada
na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para manter a sua pesquisa e
não ter que fechar as portas do seu laboratório, Suzana teve a ideia de usar a
internet a seu favor. Atualmente, é muito comum o financiamento coletivo via
internet, que funciona da seguinte forma: você doa e recebe serviços ou materiais
em troca. No caso do financiamento da neurocientista, lançado em 12 de outubro,
quem doar recebe desde a imagem digital para capa do facebook à reunião, visita
e palestra com Suzana.
O objetivo é arrecadar R$ 100 mil, e
até o momento, o projeto já conseguiu arrecadar R$95.381,43!!!
“
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A ideia veio da necessidade. Com o
corte do repasse de verbas dos governos federal e estadual, tive que tirar R$
20 mil do meu próprio bolso para o trabalho continuar. Ou eu fazia alguma coisa
ou mandava todo mundo para casa. Mais do que conseguir levantar os fundos, a
iniciativa mostra para o governo que a gente valoriza a ciência brasileira. As
pessoas querem ver a ciência funcionando. ”
Para contribuir com o projeto da
neurocientista e ajudar para que a ciência no Brasil não morra, basta acessar o
link: Kicks
Fonte: Extra.com
domingo, 25 de outubro de 2015
A
biomedicina é uma profissão com diversas facetas. Atualmente podemos atuar em 33
áreas distintas. E então vem a pergunta, qual devo seguir?
Em
muitas situações a primeira pergunta do aluno é: “Professor, e o mercado de
trabalho? E a remuneração? ” De fato, são perguntas importantes que devem ser
analisadas. Porém, questiono: são essenciais?
Existe
uma diferença singular entre essencial e fundamental. Fundamental é aquilo que
se pode ter, mas sozinho não supre nossas necessidades. Dinheiro é fundamental,
mas apenas o dinheiro, sem amizades não é suficiente. Essencial é aquilo que
temos que ter. Amor, fraternidade, amizade. Logo, já temos a resposta da
pergunta anterior: a pergunta que geralmente fazemos sobre as especialidades, é
fundamental, não é essencial.
E
o que é essencial na escolha de uma especialidade? Existe outra diferença
limítrofe sobre nossa escolha: qual diferença entre Trabalho e Emprego? Qual
dos dois você quer ter? Emprego é fonte de renda e trabalho é fonte de vida.
Você pode ter um excelente emprego, porém sem nenhuma qualidade de vida. Por
outro lado, você pode trabalhar muito, sem ter quase nenhuma fonte de renda. E
neste ponto temos algo importante a diferença entre stress e cansaço. Quando
temos um trabalho, muito provavelmente você irá ter cansaço, mas não stress.
Stress é ocasionado quando você não entende o que você faz, quando não sabe o
porquê de estar ali. O cansaço é natural. Quando fazemos esporte nós cansamos,
mas não ficamos estressados. Logo, meu
conselho: procure um trabalho, algo que te canse, não que estresse.
O
que nós procuramos, ou pelo menos, que devemos procurar durante a vida é sermos
importantes. Transformar a vida em algo grandioso, importante. E o importante
não é ser famoso, é fazer a diferença, é na sua ausência, fazer falta. Sendo
assim, escolha algo que ame, que irá fazer com prazer, sem querer que acabe,
pois fará bem feito e assim será o melhor que você puder. Para estes
profissionais sempre haverá espaço, mercado de trabalho e boa remuneração.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
Etimologicamente, a palavra neurociência
quer dizer: qualquer ciência, ramo
de ciência ou conjunto de conhecimentos que se refere ao sistema nervoso.
É uma área apaixonante, que nos apresenta várias vertentes e possibilidades de
estudos. No Brasil, temos uma grande neurocientista, Suzana Herculano-Houzel,
que além de produzir ciência, luta pelo reconhecimento do cientista como
profissional.
Mas hoje, viemos apresentar a vocês,
uma neurocientista que muitos conhecem na ficção, mas poucos sabem que ela é
Ph.D em neurociência na vida real. Já ouviu falar da atriz Mayim Bialik?
Melhor... a Amy Farah Foweler, uma nerd neurocientista, namorada do Sheldon (Jim
Parsons), da série americana The Big Bang Theory. Conseguiu identificar?
Pois é, ela não só interpreta uma
cientista como vive isso na realidade. Mayim Bialik é doutora em neurociência.
Foi aceita em Harvard e Yale, mas recebeu seu Ph.D pela UCLA (University of
California, Los Angeles) em 2008. Além de neurocientista, é autora de dois
livros.
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Mayim Bialik com um dos seus livros |
Como atriz, foi indicada três vezes ao
Emmy de melhor atriz coadjuvante pela sua interpretação em The Big Bang Theory,
onde interpreta uma nerd cientista com um toque de excentricidade. Bialik é a
única atriz da série de nerds a ostentar o título na vida real.
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Cenas de The Big Bang Theory |
Em um vídeo publicado em 2013 pelo
canal do youtube “NOVA's Secret
Life of Scientists and Engineers”, Mayim conta sobre a sua paixão
pela ciência que vem desde criança, mas que nunca se imaginou seguindo esta
carreira. “Eu achava que ser cientista era difícil demais e que eu não havia
sido feita para isso”, diz. Mas na época de Blossom (uma série dos anos 90),
seu desejo por se tornar cientista foi ainda maior pelo incentivo de uma
professora. Seguiu então para a UCLA assim que o seriado acabou. Se dedicou ao
doutorado e ao ensino em universidades.
Voltou à TV para interpretar uma
personagem que tem muito dela mesma. “Amy tem um pouco de mim, ou melhor,
várias coisas. Não é difícil interpretá-la porque empresto algumas
características minhas a ela e a combinação disso é o que a torna divertida e séria
ao mesmo tempo”. E Mayim ainda afirma o seu amor pela ciência e pela arte, e
diz que é sim possível se apaixonar pelos dois ao mesmo tempo. Afirma ainda diz
que seus professores a questionavam sobre o mundo da fama como atriz, e ela
respondia: “mas ser uma cientista pode ser tão excitante, criativo e interessante
quanto ser atriz”.
Um ponto que levantamos aqui é o que o
site Guia do Estudante chamou a atenção: não é preciso se focar em uma só área
e não se permitir conhecer ambientes totalmente distintos. Além disso, Mayim e
a brasileira Suzana Herculano estão mostrando ao mundo que as mulheres estão
cada vez mais inseridas na ciência, produzindo e se aperfeiçoando. Não deixa de
ser um orgulho a todos nós!
Fontes:
domingo, 13 de setembro de 2015
A Domus Cursos é uma empresa criada
por biomédicos para levar conhecimento às diversas áreas da saúde. A missão é
transmitir e renovar conhecimentos de forma qualitativa, madura, responsável,
harmônica e dinâmica. É exatamente isso que os alunos da Domus encontram! 100%
de aprovação no Minicurso de Circulação Extracorpórea com Ms. Élio Barreto de
Carvalho Filho (Biomédico, Perfusionista, Microbiologista, Vice-Presidente da
Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea, colunista do Biomedicina em
Ação e Diretor Geral da Domus Cursos) e com o Perf. Júlio Cesar (Biólogo,
Perfusionista Titular da equipe de cirurgia da PUC-Campinas).
“Vim hoje prestigiar o curso de
perfusão. É uma área, desde o primeiro semestre, foi a minha primeira opção
quando pesquisei as áreas de atuação do biomédico. Então foi ótimo esse curso!
Tive a oportunidade de vir porque fui sorteada! Este sorteio para mim foi tudo
de bom! Quero agradecer à Domus e ao Biomedicina em Ação por ter sido
contemplada. Fiquei muito feliz por isso, e mais feliz ainda pelo aprendizado.
Só tenho a agradecer, e que venham os próximos cursos!” (Vanessa, estudante de
Biomedicina – Universidade Paulista, Campinas.)
“Eu
fiz o curso por curiosidade mesmo... Não tinha muita informação sobre a área,
por isso vim conhecer. Gostei muito, porque eles passaram noções básicas de
fisiologia e anatomia antes de chegar ao equipamento, então foi muito mais
fácil entender do que se fosse algo solto. Os profissionais que ministraram o
curso são muito bem preparados e a organização foi excelente.” (Rafaela Prado,
estudante de Biomedicina – Universidade Paulista, Campinas.)
E tivemos alunos um tanto especiais.
Como a Giovana, que veio de Alfenas, e o Bidossessi, diretamente do Benin,
ocidente da África!
“O curso trouxe muito mais do que eu esperava. Os
professores são muito bem preparados, têm muito conhecimento, e são também
extremamente atenciosos. Eles nos estimulam, e trazem uma visão da perfusão...
não só do trabalho, mas também uma visão humanizada, de como se portar, como
tratar o paciente. Então foi muito esclarecedor! A estruturada foi ótima, e são
dois contados (Prof. Julio e Prof.Élio) que com certeza quero levar para a
minha vida. Pretendo fazer a pós-graduação em perfusão, assim que eu me
formar.” (Giovana, estudante de Biomedicina – Universidade Federal de Alfenas.)
“Meu
nome é Bidossessi Wilfreied Hounkpe. Lá (em Benim , na África) eu fiz o
mestrado em bioquímica e biologia molecular. Aqui (no Brasil), eu estou fazendo
o mestrado em ciências biomédicas sobre a anemia falciforme. Sobre o curso,
gostei muito. Foi legal, porque apesar da minha experiência, não conhecia esta área
e a descobri. Uma boa oportunidade trabalhar nessa área.” (Bidossessi Wilfreied
Hounkpe – aluno de mestrado na Universidade Estadual de Campinas.)
Bidossessi, conhecido por Will no
laboratório onde realiza a sua pesquisa, nos contou também que está há 1 ano
no Brasil, estudando o mecanismo de inflamação na anemia falciforme, com a
pesquisa voltada à imunidade inata. Fica no Brasil, oficialmente, até o próximo
ano, e pensa em continuar fazendo o doutorado aqui no país, com a mesma
pesquisa que ainda tem muitas perguntas a serem respondidas.
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Equipe Domus Cursos |
E já foi realizado o Curso de
Atualização em Gasometria, com o Prof. Dr. Nilson Antunes e a Me. Caroline
Shibata, da empresa Werfen. Logo aqui no blog mais sobre este e os próximos
cursos da Domus! Fiquem ligados!
terça-feira, 8 de setembro de 2015
A endometriose é uma doença que
acomete muitas mulheres, mas que ainda hoje é negligenciada e pouco estudada
pela comunidade científica. Isso faz com que as formas de diagnóstico sejam
escassas, e o tratamento lento e traumatizante.
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Créditos na imagem. |
Ela é caracterizada pela presença de
endométrio (tecido que reveste o interior do útero), fora da cavidade uterina,
ou seja, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Se não tratada, as consequências da
endometriose podem variar, entretanto, as principais são a formação de
aderência nos órgãos abdominais, infertilidade e comprometimento de órgãos como
ovário, útero, bexiga e intestinos.
O comprometimento do útero foi o que
aconteceu com a tia de Georgia Gabriela, de 19 anos. Muito possivelmente você
já ouviu falar deste nome. Georgia é uma estudante brasileira, que saiu de
Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, BA, e alcançou primeiro a
oportunidade de estar em Harvard, foi aprovada em 9 universidades americanas, e
decidiu por Stanford.
A estudante se interessou pelo assunto
quando viu a doença de perto, e então percebeu o quão pouco se fala na doença,
e que no Brasil, as pesquisas acerca do tema não são muito precisas e não
evoluem. Ela foi selecionada para um programa em Harvard, onde teve a
oportunidade de mostrar seu projeto a grandes pesquisadores da área. Também
através do seu projeto, foi selecionada em Stanford, e foi convidada a
ministrar uma palestra na conferência TED, que reúne grandes pensadores e
idealizadores de projetos, para contar de suas vidas em 18 minutos ou menos. O
trabalho da estudante consiste em encontrar uma forma de diagnóstico da
endometriose mais eficaz, acessível e invasiva.
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Georgia Gabriela, em palestra na conferência TED. |
Esta notícia da aprovação de uma
brasileira, vinda de uma cidade da Bahia, em 9 (!!!!) universidades americanas
não é nova. Mas a partir da história de Georgia, queremos chamar atenção para
alguns pontos.
O primeiro deles é a falta de
incentivo à pesquisa no Brasil. Quem acompanha o cenário científico brasileiro
sabe o quão precário e difícil é ser cientista por aqui. A começar pelo fato de
que cientista não é profissão, é um eterno “estudante”. Haja vista o grande
barulho causado pela neurocientista Suzana Herculano-Houzel (assunto para outra
postagem), que defende a profissionalização do cientista. Vemos trabalhos não
concluídos por corte de verbas, e grandes mentes saindo do país para fazer
ciência fora, onde o incentivo é maior (como a própria Georgia está fazendo). E
nós só perdemos com isso.
Outro ponto em questão é a força de
vontade. Aqui, destacamos o fato de sair da sua zona de conforto, e alcançar
lugares nunca imaginados, e com a humildade de olhar a realidade a sua volta.
Georgia está em Stanford pelo impulso que teve ao ver a sua própria comunidade,
e querer mudar.
É fácil ir todos os dias a uma
faculdade, sentar e ouvir o professor falar. Mas é importante pensar: “o que eu
posso fazer com todo esse conhecimento?”. Chega a ser egoísmo guardá-lo todo
para si. É claro que a história de Georgia é um tanto incomum de se ver, mas...
porquê não? De fato, é importante “pensar fora da caixa” para alçar voos
maiores. Não seja só mais um. Seja diferente!
Vale a pena conferir a palestra da
estudante Georgia Gabriela, na TED:
E querem um bônus? O Luiz Guilherme,
da página Vida de Biomédico, está nos EUA pelo CsF, e também teve a
oportunidade de estagiar em Harvard. Vale a pena conferir os vídeos no canal do
youtube: Luiz Hendrix.
Fontes:
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Os Meninos do Brasil é um filme de 1978 (vocês encontram também o livro), que faz
menção às barbaridades do nazismo e aborda sob uma temática de ficção
científica, a clonagem humana. A história tem como protagonista o médico Joseph
Mengele (Gregory Peck), que fez milhares de experiências genéticas com judeus
(inclusive crianças), viveu no Paraguai e planejou o nascimento do 4º Reich.
Para obter tal objetivo, utiliza várias mães de aluguel em uma clínica
brasileira para fazer 94 clones de Hitler quando ele era um garoto, e enviá-los
para serem adotados em diversos países.
Além disso, Mengele escolhe famílias que se
pareçam com a de Hitler e cria situações para traçar o psicológico dos garotos
clonados. Entretanto Ezra Lieberman (Laurence Olivier), um judeu que é um
caçador de nazistas, descobre a trama e tenta impedir que tal plano se
concretize.
Apesar de ficção científica, o filme trata da
realidade. Mengele foi um médico alemão, conhecido como “Anjo da Morte” que se
filiou ao partido nazista na Segunda Guerra Mundial. Ao final da guerra, ele
fugiu para a América do Sul, passando pelo Brasil, onde montou um laboratório
para realizar suas experiências genéticas.
Há questionamentos sobre a
veracidade das experiências com clones apresentada no filme. Isto porque em
Cândido Godói, uma pequena comunidade no sul do Brasil, há mais de 50 pares de
gêmeos, sendo a maioria deles loiros e de olhos azuis. Os rumores indicam que possivelmente
um médico alemão passou por lá, e relatos de que foram feitas muitas
experiências com gêmeos e mulheres, com aplicação de medicamentos desconhecidos
e inseminação artificial.
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Gêmeos de Cândido Godói |
Alguns pesquisadores descartaram o envolvimento
de Mengele com esse fenômeno, mas obviamente, os rumores continuaram. Esse foi
o tema de um documentário da National Geographic: “Os gêmeos de Mengele”.
Gostou e quer assistir ao filme?
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Este é um filme que retrata bem a bioética, uma
das questões a serem trabalhadas pelo biomédico, mesmo antes de entrar na profissão.
Sobre este filme, bioética e outras indicações de livros e séries, ouça o novo
episódio do Biomedcast!
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http://biomedcast.com/ |
Fontes:
Adoro Cinema
NatGeoTv
domingo, 16 de agosto de 2015
A identificação presuntiva de bacilos gram
negativos como Escherichia, Shigella,
Samonella, Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Klebsiella, Hafnia,
Pantoea, Morganella, Providencia, Yersinia, pode ser facilitada manualmente
por uma série bioquímica simples. Esta série pode ser uma associação de três
meios: EPM, MILI e CITRATO.
· Meio Citrato: o princípio do teste é determinar a capacidade do microrganismo
de utilizar o citrato de sódio como única fonte de carbono para seu metabolismo
e crescimento. A produção da cor azul após 24 horas de incubação à 35ºC +/- 2ºC
indica a presença de produtos alcalinos e positivo para utilização do citrato.
· Meio EPM: o aparecimento de bolhas ou o deslocamento do meio de cultura do
fundo do tubo indica a produção de gás, e determina a capacidade de produção de
CO2 a partir da fermentação da glicose. O enegrecimento do meio em
qualquer intensidade indica a produção de H2S, e determina a
produção de íons S-2 a partir do metabolismo bacteriano. O aparecimento da cor
azul ou verde azulada (reação fraca) que se estende para a base do meio,
envolvendo-a totalmente ou não, determinando a capacidade do microrganismo de
utilizar a ureia, formando duas moléculas de amônia pela ação da enzima uréase.
O aparecimento da cor verde na superfície indica a desaminação do triptofano, e
a fermentação da glicose é indicada também pela cor amarela na base do tubo.
· Meio MILI: determina a motilidade, a descarboxilação da lisina e a produção
de indol. A bactéria móvel cresce além da linha de picada. A imóvel somente
nesta linha. O teste visa verificar se a bactéria é móvel ou imóvel, o que
ajuda a diferenciar alguns gêneros. Determina-se a capacidade de
descarboxilação da lisina pela cor do meio. Quando o meio adquire uma cor
amarelada, indica que o aminoácido não é utilizado e não á ação da enzima
lisina descaboxilase. Quando o meio atinge uma cor púrpura acentuada ou
discreta, a lisina é descaboxilada. Para a determinação da produção de indol,
adiciona-se 3 gotas de reativo de Kovacs à superfície do meio e agita-se
levemente. Quando a bactéria produz indol, o reativo adquire cor rosa ou
vermelha. Quando não produz, o reativo mantém sua cor inalterada. É um dos
produtos de degradação do metabolismo do triptofano, este quando quebrado,
indol, ácido pirúvico e amônia são produzidos.
É
importante lembrar que a utilização de outros meios também é válida, como TSI e
Meio IAL.
Indicação
de bibliografia para análise e identificação:
Livro: Oplustil,
Carmem Paz, et al. Procedimentos básicos em microbiologia clínica. 3 ed. São
Paulo : SAVIER, 2010.
Apostila: Brasil.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia Clinica para o Controle
de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde. Modulo 6 : Detecção e identificação
de bactérias de importância medica /Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.– Brasília: Anvisa, 2013.
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