sábado, 16 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Estive nesta semana no Fórum Permanente de Patologia Clínica, promovido
pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. O fórum tratou das novas
tecnologias empregadas no laboratório clínico, e uma delas foi o Maldi-Tof.
O MALDI-TOF é uma tecnologia recente empregada nos setores de
Microbiologia, cujo nome significa Matrix-Assisted Laser Desorption Ionization –
Time of Flight. Trata-se de um método de identificação bastante rápido e
preciso em relação a outros métodos de automação tradicionais que se tem no
mercado.
Muitas das técnicas convencionais se baseiam na identificação dos
microrganismos através de provas bioquímicas, analisando o seu fenótipo. O
resultado destes métodos se dá entre 12 e 24 horas, o que atrasa a liberação do
laudo e terapia antimicrobiana dos pacientes.
O MALDI-TOF é uma técnica de espectrofotometria de massa nova, que
detecta moléculas de massa maior, como as proteínas. O teste então baseia-se na
detecção de um grande espectro de proteínas, podendo então discriminar melhor
as espécies. A espectrofotometria de massa é largamente utilizada em outras áreas,
como a toxicologia, mas até então não era uma realidade na rotina dos
laboratórios de microbiologia. “A evolução ocorreu quando a matriz utilizada
para ionizar as proteínas foi mudada para que pudesse ionizar as proteínas
ribossomais – estas bem mais conservadas do que as proteínas de superfície – o
que levou à identificação de espécies e até subespécies de muitos
microrganismos”.
Koichi Tanaka (Shimadzu Corporation - Kyoto/Japão) ganhou o Prêmio
Nobel 2002 em Química por desenvolver o método de ionização/dessorção para
análises de espectrometria de massa em macromoléculas biológicas. O princípio
tornou-se fundamental nos métodos padrões (MALDI, SELDI e DIOS) para análise
estrutural de peptídeos, proteínas e carboidratos que torna possível a
determinação rápida do conteúdo da proteína da célula intacta e do tecido vivo.
No teste, é necessário escolher a colônia a ser analisada, e
posteriormente a amostra é dissolvida e colocada em uma placa contendo uma
matriz polimérica. A placa é então irradiada com um laser de nitrogênio que
vaporiza a amostra ionizando as moléculas que serão aspiradas e elevadas a um
detector. Dependendo da molécula, o tempo de chegada será diferente (time of
flight). Os dados obtidos através de gráficos que representam estas leituras
serão comparados a uma base algorítmica de um site que contém um grande número
de espécies de relevância clínica – incluindo microrganismos aeróbios,
anaeróbios, microbactérias, leveduras e fungos filamentosos.
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Preparação da amostra até a apresentação do gráfico. |
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Maldi-Tof: como ocorre a espectrofotometria no aparelho. |
Este vídeo é super bacana, e mostra o que o MALDI-TOF melhora ao ser implantado no laboratório.
Richet Laboratório.
Faculdade de Ciência e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa.
Schimatzu.
Biomériux.
Foto enviada por Etiene Lottermann
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BIOMÉDICOS EM AÇÃO
,
IMAGENS
Estes são os formandos do curso de Biomedicina do Instituto
Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo- IESA (Santo Ângelo-RS). Da
esquerda p/ direita em pé: Tatiane, Thaís, Anelise, Daiana, Etiene, Emanuela e
Tatiele. Da esquerda p/ direita sentados: Alan, Elvis e Ricardo.
Quer participar do blog? Envie também a sua foto! Saiba mais clicando aqui
Os estudantes de Biomedicina estão se mostrando cada vez mais
criativos, tanto no que se refere à ciência ou às artes! O Pedro Paiva enviou
para nós o trabalho da sua equipe, do curso de Biomedicina – 5º período - do
centro Universitário de Belo Horizonte/Uni-BH - Minas Gerais. O vídeo sobre a Legionella pneumophila ficou muito bom!
Parabéns aos envolvidos!
Olá Pessoal! Meu nome é Élio Carvalho, sou Biomédico formado na 1º
turma do Estado do Piauí, com muito orgulho. Sou Perfusionista pela Sociedade
Brasileira de Circulação Extracorpórea e Microbiologista pela UNICAMP.
Atualmente faço Mestrado em Pediatria pela FCM-UNICAMP e sou Membro da
Diretoria da SBCEC. Com muita satisfação venho informar a todos nossos amigos
do Blog Biomedicina em ação que terei a honra de conversar com vocês através
de uma coluna mensal que intitulamos “A Biomedicina como ela é” em homenagem ao
grande escritor Nelson Rodrigues. Nordestino, assim como eu, Nelson ficou mais
conhecido ao tratar de todos os assuntos, inclusive criticando a sociedade e
instituições de forma objetiva. A intenção da coluna é fornecer visão
crítica aos acontecimentos recentes da Biomedicina, fomentando a discussão da
classe, assim como sua cinética, levando a tão desejada mobilização
profissional. Também teremos momentos de informação como novidades no
diagnóstico, na pesquisa, na biomedicina como um todo; dúvidas comuns dos recém
formados, discussões sobre novas áreas. O diálogo está aberto e convido a todos
para a roda. Porque a biomedicina não para, porque a Biomedicina está em ação.
sábado, 9 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Estive em um evento na Faculdade de
Ciências Médicas da Unicamp, promovido pela QIAGEN, uma empresa multinacional
voltada à produção de equipamentos e kits para ensaios na Biologia Molecular.
Um dos assuntos foi o pirosequenciamento, uma nova técnica que vem chamando a
atenção.
O pirosequenciamento é uma nova técnica
da Biologia Molecular, na qual a síntese de DNA ocorre através de um complexo
de reações que inclui enzimas (ATP sulfurilase e luciferase) e substratos
(adenosina 5’ fosfossulfato e luciferina). O grupo pirofosfato, liberado
durante a adição de um nucleotídeo, resulta na produção de luz detectável.
Portanto, quando um novo nucleotídeo é incorporado em uma cadeia crescente de
DNA através da DNA polimerase, pirofosfato é gerado de maneira estequiométrica,
resultando na produção de ATP. O ATP produzido leva à conversão enzimática da
luciferase com emissão de fótons. À medida que os componentes da reação
diminuem, um novo ciclo de reagentes é introduzido e então a incorporação de
nucleotídeos específicos é avaliada de maneira sequencial.
A técnica baseia-se no sequenciamento e
na síntese de DNA, fornecendo dados em minutos, assim como o mesmo conceito da
reação de PCR Real Time, que é a obtenção de resultados rápidos. Os passos do
pirossequenciamento seguem abaixo:
Passo 1:
Fazer a extração do DNA a ser
sequenciado e amplificado.
Passo 2:
Um primer de sequenciamento é
hibridizado para a amplificação de PCR de uma cadeia simples, sendo que o
produto desta reação servirá como molde, e incubação com as enzimas DNA
polimerase, ATP sulfurilase, luciferase, apirase, e também os seus substratos
adenosina 5’ fosfossulfato (APS) e luciferina.
Passo 3:
O primeiro desoxirribonucleotídeo
trifosfato (dNTP) é adicionado à reação. A DNA polimerase catalisa a
incorporação do dNTP na fita de DNA, se este for complementar à fita molde.
Cada evento de incorporação é acompanhado pela liberação de pirofosfato (PPi) numa
quantidade equivalente à quantidade de nucleotídeo incorporado.
Passo 4:
ATP sulfurylase converte PPi para ATP na
presença de adenosina 5’ fosfossulfato (APS). Esse ATP dirige a conversão
mediada pela luciferase, de luciferina para oxiluciferina, que gera luz visível
em quantidades proporcionais à quantidade de ATP. A luz produzida é detectada por
um chip e vista como um pico na saída de dados de um software. Cada pico (sinal
de luz) é proporcional ao número de nucleotídeos incorporados.
Passo 5:
A apirase, uma enzima de degradação de
nucleotídeos, continuamente degrada nucleotídeos não incorporados e ATP. Quando
a degradação está completa, mais nucleotídeos são adicionados.
Passo 6:
A adição de dNTP é realizada
sequencialmente. Deve-se notar que o trifosfato de desoxiadenosina alfa-tio
(dATP) é utilizado como um substituto para o natural desoxiadenosina trifosfato
(dATP), uma vez que é utilizada eficientemente pela DNA polimerase, mas não é
reconhecido pela luciferase. Enquanto o processo continua, a cadeia
complementar de DNA é construída e a sequência nucleotídica é determinada a
partir dos picos de sinal do rastreio.
Algumas aplicações
· Estudo
de deleções.
· Quantificação
de frequência de mutações.
· Metilação
– sequenciamento das ilhas CpG encontradas em regiões promotoras.
O vídeo abaixo explica como ocorre a
síntese a liberação de luz para a formação dos picos em tempo real.
Texto traduzido: Catálogo do PyroMark Q24 da QIAGEN.
Vídeo: youtube.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
De
25 de novembro a 05 de dezembro acontecerão na UNIP Campinas/Swift, os
Minicursos de Verão, desta vez aberto a todos os alunos do curso de Biomedicina
da Universidade.
As
inscrições deverão ser realizadas pelo site. Os cursos oferecidos serão na área
de Hematologia, Citopatologia Ginecológica, Análises Veterinárias e
Coproparasitologia.
ATENÇÃO:
as vagas para o Minicurso de Técnicas Básicas em Hematologia já se esgotaram. Garanta
a sua vaga nos outros minicursos.
INSCRIÇÕES: http://biomedicinaunip.wix.com/minicursos
Realização:
Alunos do 4º ano de Biomedicina, Coordenação e Supervisão de Estágio.
Apoio:
UNIP, Biomedicina em Ação, Birds Boomerangs, Locadora Campineira.
Venho
deixar aqui o meu pedido de desculpas pela falta de atualizações no blog. São
muito os projetos que se acumularam, e infelizmente não consegui cumprir (mais
uma vez) a minha função aqui, devido à grande rapidez e importância dos outros.
Mas
estamos de volta à medida do possível!
Agradeço
a compreensão de todos.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
A Semana de Microbiologia
e Imunologia acontecerá de 7 a 11 de outubro, com as inscrições que vão até o
dia 13 de setembro. Trata-se de um evento idealizado e realizado por alunos do
Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Surgiu com o objetivo de
integrar os estudantes de graduação das áreas biomédicas de todo o país, e de
divulgar o Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e
Imunologia, proporcionando aos seus participantes um intercâmbio cultural e,
principalmente, científico, assim como o contato com pesquisadores de diversas
instituições do país.
Concomitante à
XIX Semana de Microbiologia e Imunologia, será comemorado o Centenário do
Professor Paulo de Góes, idealizador e fundador do Instituto de Microbiologia,
cujo nome foi adicionado ao nome da instituição como uma homenagem a todo o seu
trabalho e empenho dentro da Microbiologia.
Para mais informações, acesse: http://semanamicroeimuno.com.br/#
O texto acima foi adaptado para esta
publicação. Trata-se do texto indicado no site do evento.
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